Servidores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) rejeitaram a proposta do governo Lula de reajuste salarial. A reunião aconteceu na última quarta-feira (10/7).
O Ministério da Gestão propôs reajustes de 9% em 2025 e de 5% em 2026, na mesma linha do que foi oferecido a outras categorias. A pasta, contudo, não aceitou fazer uma ampla reestruturação das carreiras do FNDE e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgãos ligados ao Ministério da Educação.
Os funcionários apontaram riscos de prejuízos às demandas educacionais do país, em meio a uma alta taxa de evasão das carreiras. O FNDE administra um orçamento de cerca de R$ 100 bilhões ao ano, que inclui obras paradas em escolas. O Inep, por seu turno, é o responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Durante o governo Bolsonaro, o FNDE foi envolvido em um esquema de pastores que prometiam propinas a prefeitos em troca de barras de ouro.
Graças a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, o governo Lula conseguiu mitigar a paralisação de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A greve de servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), por outro lado, segue impactando o atendimento a aposentados e pessoas vulneráveis em todo o país.