São Paulo – O protesto de trabalhadores de empresas terceirizadas que atuam no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana da capital, continua a provocar atrasos e cancelamentos na manhã desta quarta-feira (4/10), segundo a companhia aérea Latam. A orientação é para que os passageiros consultem o status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto.
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Manifestantes criticam proibição de celulares por funcionários do aeroporto Reprodução/Arquivo Pessoal
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Protestos começaram por volta das 3h Reprodução/Arquivo Pessoal
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Protesto impactou em embarques e desembarques Reprodução/Arquivo Pessoal
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Manifestantes cruzaram os braços exigindo suspensão da proibição do uso de celular Arquivo Pessoal
A paralisação dos trabalhadores, contrária à proibição ao uso de celulares na área restrita do aeroporto, teve início por volta das 3h dessa terça-feira (3/10). A proibição ou restrição do uso de celulares foi determinada pela Receita Federal após a descoberta de um esquema de troca de bagagens no terminal, financiado pelo Primeiro Comando de Capital (PCC).
Pelo menos cinco voos domésticos da Latam foram cancelados nesta quarta-feira (4/10). A companhia aérea não explicou como o protesto de terça-feira está afetando os voos.
A companhia Latam diz, em nota, que os voos domésticos com partida ou destino em Guarulhos estão sofrendo atrasos ou cancelamentos em razão do protesto.
“Esta é uma situação totalmente alheia à vontade da Latam. Passageiros com voos afetados em Guarulhos podem realizar a remarcação da sua viagem sem multa e diferença tarifária ou solicitar o reembolso integral”, diz a companhia aérea.
“A Latam repudia veementemente o ocorrido e se solidariza com todos os passageiros afetados”, conclui.
De acordo com o Aeroporto de Guarulhos, a operação ocorre dentro da normalidade, e informações sobre eventuais problemas com voos devem ser obtidas diretamente com as companhias aéreas.
“Não somos bandidos” Segurando cartazes com dizeres como “Ditadura não, celular sim”, os trabalhadores circularam pelos terminais do aeroporto de Guarulhos, nessa terça-feira, gritando e exigindo a suspensão da proibição do uso dos aparelhos.
Em um registro feito em vídeo (assista abaixo), um dos manifestantes afirmou que “pais e mães de família” que trabalham no local “perderam o direito de usar o celular no pátio de manobra”. “Pessoas estão levando suspensão e até perdendo o emprego.”
Durante o protesto, um trabalhador gritou que eles estão sendo “enquadrados” durante o expediente, o que resultou em mais gritos de protesto: “Não somos bandidos”.
Os manifestantes argumentam que precisam dos celulares para manter contato com as famílias em caso de eventuais emergências. Já a proibição foi determinada para evitar que os aparelhos sejam usados em benefício do tráfico internacional de drogas.
Inocentes presas As goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía tiveram as etiquetas de suas bagagens trocadas quando partiram para a Alemanha, onde foram presas injustamente por tráfico internacional de drogas, em 5 de março.
Depois de a PF mostrar que elas foram vítimas de um esquema criminoso comandado pelo PCC, dentro do Aeroporto Internacional de São Paulo, as brasileiras foram soltas da prisão alemã, em 11 de abril, e retornaram ao Brasil.
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Imagens de elevador mostram as goianas saindo de casa com uma bagagem preta TV Globo / Reprodução
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Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa TV Globo / Reprodução
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Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens TV Globo / Reprodução
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Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala TV Globo / Reprodução
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TV Globo / Reprodução
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Ele chama o cúmplice, que vai até o local TV Globo / Reprodução
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Um dos integrantes da quadrilha tira foto dos dados TV Globo / Reprodução
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A mala fica na esteira sob vigilância dos bandidos TV Globo / Reprodução
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Em seguida, eles aparentam fazer uma ligação TV Globo / Reprodução
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Na entrada do aeroporto, outras duas mulheres integrantes da quadrilha chegam com outras malas TV Globo / Reprodução
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Uma funcionária do guichê acena para elas e coloca as malas nas esteiras TV Globo / Reprodução
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Três minutos após o suposto atendimento, as mulheres saem do aeroporto TV Globo / Reprodução
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As novas malas contêm 20 kg de cocaína em cada e vão para esteira na área interna TV Globo / Reprodução
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Os funcionários procuram as malas TV Globo / Reprodução
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Ao recolher, eles fazem a troca da etiqueta TV Globo / Reprodução
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Vídeo mostra os criminosos se escondendo em ponto cego para efetuar troca TV Globo / Reprodução
O Metrópoles apurou que a primeira movimentação suspeita de funcionários na área restrita do maior aeroporto do Brasil, onde são manuseadas bagagens antes dos voos, foi registrada em 2015, quando as malas de um casal de idosos foram trocadas por bagagens cheias de droga.
A etiqueta de uma das malas das vítimas, da qual constava peso de 1,5 kg, estava colocada em uma bagagem que, após pesagem, indicou 30 kg. O peso era de cocaína.
Caso a movimentação suspeita na área restrita não tivesse sido percebida, os idosos seriam provavelmente presos por tráfico internacional de drogas quando chegassem ao destino final, na Europa.