A Suprema Corte dos Estados Unidos manteve, nesta sexta-feira (21/4), o acesso irrestrito a uma das pílulas abortivas mais usadas no país, a mifepristona. A determinação derruba decisões tomadas por tribunais inferiores, que suspenderam a autorização do medicamento, e traz uma série de medidas para facilitar a obtenção dos comprimidos.
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Manifestantes protestam contra e a favor do aborto na Suprema Corte dos Estados UnidosKevin Dietsch/Getty Images
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Aborto pode ser ilegal, caso legislação mudeGetty Images
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Sala é toda preparada para acolher mulheres interessadas no programaMaterial Cedido ao Metrópoles
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Relatora do caso ressaltou que, mesmo em países onde o aborto é descriminzalizado, o procedimento não costuma ser liberado em fase avançada da gestação
A decisão representa uma vitória para o presidente Joe Biden na Suprema Corte, que tem maioria conservadora. Dois juízes conservadores, Clarence Thomas e Samuel Alito, discordaram da decisão desta sexta.
Combinada a outro medicamento, o misoprostol, a mifepristona é utilizada como método abortivo em mais de metade dos procedimentos nos Estados Unidos. Grupos antiborto, no entanto, afirmam que há contrabando da pílula entre estados que já proibiram seu uso.
As discussões seguem após dez meses da decisão da Suprema Corte do país em reverter o direito constitucional à interrupção voluntária da gravidez.