São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) discorda que o influencer Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura da capital, tenha sido vítima de censura por causa da derrubada de suas redes sociais determinada pela Justiça Eleitoral, como alegam grupos bolsonaristas, e alerta aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a importância de reeleger o prefeito Ricardo Nunes (MDB) para o futuro da direita no país.
Na visão do governador, a punição a Marçal não é uma censura às ideias do ex-coach, mas uma ação decorrente de indícios de práticas eleitorais abusivas, levados à Justiça pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral. Por isso, diz Para Tarcísio, que quer reeleger Nunes com apoio de Bolsonaro, o discurso de censura vem obtendo uma indevida adesão entre o eleitorado bolsonarista, que tem na liberdade de expressão um dos valores mais caros.
Marçal teve seus principais perfis nas redes sociais derrubados pela Justiça Eleitoral no último fim de semana por causa da suspeita de que ele tenha financiado edições e difusão de seus vídeos com recursos não contabilizados e de forma vetada por lei, o que configuraria abuso de poder econômica. O candidato do PRTB pôde abrir outras contas e tem dito que é “vítima de censura pelo sistema”.
Por isso, para Tarcísio, os políticos bolsonaristas precisam agir para fazer chegar aos apoiadores nas redes o entendimento de que não foram ataques ou discursos feitos por Marçal que levaram à decisão da Justiça, mas sim a forma como essas mensagens estão sendo difundidas, com base em indícios de pagamentos irregulares, não contabilizados.
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Pablo Marçal (PRTB) insinua que Guilherme Boulos (PSol) tenha ligação com drogas durante debate à Prefeitura de SP da Band
Reprodução- Bandeirantes
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Pablo Marçal ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
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Pablo Marçal durante entrevista coletiva após o debate da Band em São Paulo
Renato Pizzutto/Band
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Pablo Marçal discursa no palanque de Tarcísio de Freitas em 2022
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João Doria e Pablo Marçal
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Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol) em debate da Band
Reprodução- Band
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O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) anuncia Pablo Marçal na Câmara dos Deputados
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Pablo Marçal é o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo
Reprodução
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Pablo Marçal entrevista a economista Marina Helena (Novo) para o programa dele no YouTube
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Marçal junto do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS)
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A deputada estadual bolsonarista Dani Alonso (PL-SP) se diz amiga de Pablo Marçal
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Pablo Marçal conversa com o senador Sergio Moro
Igor Gadelha/Metropoles
Tarcísio esteve com Nunes nessa terça-feira (27/8) para um primeiro corpo a corpo conjunto com eleitores, na hora do almoço, no Mercado Municipal. Ele deve participar de outro ato similar na zona sul nesta quarta-feira (28/8) e se envolver mais na campanha do emedebista, cuja vitória na maior cidade do país é considerada essencial para o futuro da direita, na visão do governador.
Principal herdeiro político de Bolsonaro em São Paulo e considerado um dos presidenciáveis para a eleição de 2026, Tarcísio tem dito a interlocutores que uma eventual vitória na capital paulista do candidato do PSol, Guilherme Boulos, que é apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dificultaria os planos eleitorais da direita tanto no estado quanto no país.
Agora, o governador tem alertado aliados que um eventual triunfo de Pablo Marçal, que tem conseguido atrair o eleitor bolsonarista, também seria prejudicial para a direita. Para Tarcísio, a gestão do influencer, que nunca ocupou cargo público, deve ser desastrosa e tende a provocar impactos negativos no embate com a esquerda nas eleições para governador e presidente em 2026 e para prefeito em 2028.
O governador avalia que parte do eleitorado de direita, que não tem uma identificação clara com o prefeito Ricardo Nunes, não está se vendo representada nas eleições municipais e, por isso, tem se mostrado propensa aos discursos do candidato do PRTB, que domina a comunicação nas redes sociais e tem reproduzido estratégias bolsonaristas, como as simbólicas motociatas de Bolsonaro.