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Últimas aparições incrementam os números Janja e Michelle nas redes

As últimas movimentações da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e da ex, Michelle Bolsonaro, repercutiram nas suas redes sociais, que registraram crescimento no engajamento nas suas respectivas contas do Instagram, a partir de interações com seus perfis.

Janja e Michelle ganharam força no noticiário recente, a ponto de serem colocadas lado a lado como possíveis postulantes e rivais na disputa presidencial de 2026.

A atual primeira-dama tem feito tantas aparições ao lado de Lula que virou “meme” nas redes sociais. Ganhou destaque sua viagem aos Estados Unidos, quanto apareceu interagindo e conversando com Joe Biden.

Michelle conquistou espaço nas últimas semanas desde que voltou dos Estados Unidos, apareceu na campanha a favor de Rogério Marinho para o Senado e o anúncio de seu nome para presidir o PL Mulher.

Levantamento feito pela empresa agência de marketing digital Ativaweb mostra que Michelle segue com mais seguidores que Janja – 5,8 milhões contra 2 milhões da petista -, mas também revela um crescimento exponencial da primeira-dama desde a posse de Lula.

As duas apresentam números considerados acima da média de grandes perfils, hoje entre 1% a 5%. Michelle chega a 6,94% e Janja a 6,06%.

“Janja e Michelle têm usado e abusado das redes sociais. O aumento na frequência das postagens e o conteúdo cada vez mais politizado vem atraindo novos seguidores e gerando um boom de engajamento” – explica Alek Maracajá, analista de dados e publicitário e o CEO da Ativaweb.

O seu levantamento considerou o período de 01 a 16 fevereiro nos dois perfis, que apresentaram crescimento em  diversos aspectos, em especial no volume de seguidores e na taxa de engajamento. Michelle apresentou um pico mais elevado nos últimos cinco dias do estudo. Maracajá explica:

“Podemos atribuir como um dos principais motivos dessa alavancada à chegada da ex-primeira-dama ao comando do PL Mulher e aos boatos de que, caso Bolsonaro seja impedido de disputar as eleições em 2026, seu nome seria a primeira opção do partido para concorrer” – diz o publicitário, que vê bom desempenho também de Janja.

“O perfil de Janja tem um crescimento mais estável, porém contínuo. Associado a esse crescimento digital vemos uma primeira-dama politicamente ativa, participando da posse de ministros e até de encontros internacionais.

Todos esses posicionamentos acabam por gerar conteúdos relevantes para seus perfis, impulsionando o monumento da interação e do volume de seguidores”.

Maracajá diz ser importante considerar o histórico de cada uma nas redes. Janja chegou primeiro ao Instagram, em 16 de maio de 2012, mas mantinha seu perfil fechado, deixando suas publicações acessíveis apenas para amigos. Só o tornou público no segundo semestre de 2022, durante a campanha presidencial.

No outro lado, Michelle Bolsonaro registrou sua primeira memória no Instagram em 11 de outubro de 2013 e, desde

então, mantém seu perfil público.

“Mas manter o perfil público não significa realizar um trabalho com foco no digital. Se você tomar como ponto de partida as datas das posses de seus respectivos maridos. Janja, no dia da posse de Lula, em 01 de janeiro de 2023, realizou uma postagem comemorativa com um conteúdo que transita entre o clima de festividade e o senso de comunhão com os eleitores, uma publicação que ultrapassa os 24 mil comentários” – diz Marcajá.

“Por outro lado, embora Michelle Bolsonaro seja reconhecida como a primeira mulher a discursar durante a posse de um presidente do Brasil, a então primeira-dama não realizou postagem alguma no dia da posse de Bolsonaro em 01 de janeiro de 2019. Por isso, é possível afirmar que, à altura da posse, ela ainda não trabalhava sua imagem de primeira-dama nas redes sociais. Sua postagem sobre a posse só aconteceu quatro dias depois e sem conteúdo político algum” – afirmou o publicitário.

Maracajá explica que parte desse engajamento das duas se deve também ao capital digital de Lula e Bolsonaro. E que nem só de afagos e da fama vivem as figuras públicas e as buscas por suas pessoas nas redes. Ele fala até da força dos ataques a elas.

“Entre as principais narrativas estão as relacionadas à intolerância religiosa, conteúdo misógino, insultos e ofensas sexuais. A maioria delas vinculadas aos temas religião e corrupção. E nesse contexto, tanto Janja quanto Michelle sofrem ataques. Isso também indica que, embora ambas possuam trajetórias diferentes dentro do digital, tanto Michelle quanto Janja vêm desenvolvendo um largo poder de influência e mobilização, para o bem ou para o mal”.

Para ele, houve uma mudança no papel das primeiras-damas no Brasil. As duas mantêm estilo diferente das anteriores, menos propensas à exibições. É preciso considerar também que no tempo delas, as redes sociais não existiam ou ainda eram instrumentos bem incipientes.

“Ou seja, Michele e Janja protagonizam mais que a extensão de uma polarização. Elas protagonizam uma mudança no papel das primeiras-damas, especialmente Janja, que está no início de sua caminhada no Palácio do Planalto e tem a oportunidade de construir um legado ainda maior que o de Michelle. Por outro lado, Michelle, um pouco mais afastada da sombra de Bolsonaro e fora dos muros do Palácio, pode criar um novo caminho para si e para a direita brasileira, tão desgastada e enfraquecida após os últimos acontecimentos”.

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