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Uma semana após morte de professor de boxe, família faz ato em Camaçari

Familiares e amigos fazem na tarde desta terça-feira (27) uma caminhada pedindo justiça pelo assassinato do professor de boxe Rodrigo de Sousa dos Santos, 30 anos. O ato acontece uma semana depois de Rodrigo ter sido morto a tiros da própria academia, em Camaçari, enquanto dava aulas.

A concentração vai acontecer a partir das 16h, na Praça Desembargador Montenegro, em Camaçari. De lá, o grupo vai caminhar até a 4ª Delegacia de Homicídios. A família pede que quem vai participar se possível use branco ou a camisa do Benção Fight, projeto social que era mantido por Rodrigo.

A ideia é entregar um requerimento ao delegado pedindo celeridade nas investigações. Até o momento, nenhum suspeito pelo crime foi preso.

Crime
A mulher de Rodrigo presenciou a morte dele. Ela trabalhava com ele na academia e tinha atendido os dois bandidos, que entraram no local por volta das 18h para pedir informações e voltaram depois, começando a atirar logo depois. A dupla chegou e fugiu de carro e está sendo procurada. 

“Chegaram se passando por alunos, procurando saber de horários, de categoria, de valores e tal. Após as informações se retiraram, depois retornaram após cinco ou dez minutos entraram no CT (Centro de Treinamento) dizendo que era assalto. Porém até os alunos foram entregar os pertences, mas eles já começaram a atirar”, diz o irmão de Rodrigo, que prefere não se identificar. “Foram sem levar nada”.

Um vídeo das câmeras de segurança captou o barulho dos tiros, pelo menos oito, e da gritaria que se seguiu. Cinco tiros atingiram Rodrigo, segundo o irmão. Ele ainda foi socorrido ao Hospital Geral de Camaçari, onde teve a morte confirmada.

Ameaças
Rodrigo publicou no último dia 11 um vídeo em que falava de ameaças que recebeu. Depois da morte dele, os familiares levaram essas imagens para a polícia.

No vídeo, ele conta que foi procurado pela Base Comunitária de Segurança para participar de uma Olimpíada militar. Ele ficou dez meses envolvido no projeto. “Tinha vindo do submundo, era envolvido e conhecido de muitas pessoas, tinha confiança de muitas pessoas”, diz ele, falando de certo receio com relação a se os policiais iriam questioná-lo por conta de seu passado. “Sempre fiquei nessa possível defesa, mas nunca aconteceu dos policiais serem invasivos, sempre soube me posicionar naquele meio”.

Rodrigo conta que depois republicou um post de um colega policial falando para as pessoas acreditarem nos seus sonhos. Pouco depois, ele recebeu uma mensagem de um amigo pedindo para falar com ele. Depois, em uma ligação, o amigo disse que a “família” queria que ele apagasse a publicação porque ele estaria “puxando saco” de policais”.

“Minha rede social é um canal de ideias, testemunho, de expor minha opinião. Se ele não gostou das publicações que ele pare de me seguir e a vida segue e tudo bem”, argumentou ele. Pouco depois, ele recebeu uma mensagem com ameaça. “Se você continuar puxando saco de policiais, a gente vai dar o mesmo fim que deu a não sei quem”. O texto, enviado com um número de DDD 21, dizia que o policiais queriam usar Rodrigo para conseguir informações.

Rodrigo diz que respondeu com um áudio dizendo que não puxava saco de ninguém. “Entendo que Deus me colocou dentro da Base Comunitária para dar meu testemunho”. Ele diz que sempre esteve na base se posicionou de maneira séria e não passou informações. 

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