O presidente Nicolás Maduro, que concorre à reeleição na Venezuela, afirmou nesta quinta-feira (25/7) que fascistas e pessoas violentas serão tratadas com “mão de ferro”. A fala foi realizada durante um comício na reta final da campanha.
“Não vamos permitir que continuem a fazer mal, o seu tempo acabou”, disse ele, e em seguida acrescentou: “Haverá mão de ferro e justiça para os fascistas e os violentos”.
Maduro aparece atrás do concorrente Edmundo González nas últimas pesquisas. Ele tem subido o tom da campanha nos últimos dias. O presidente venezuelano chegou a afirmar que a possível perda das eleições por ele resultaria em um “banho de sangue”.
“Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, afirmou durante um comício.
A afirmação provocou reações do governo brasileiro. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou estar “assustado com a situação”. Depois disto, o candidato à reeleição na Venezuela sugeriu que quem estivesse preocupado com o país dele tomasse chá de camomila.
As eleições presidenciais na Venezuela estão cercadas de desconfiança. Duas candidatas que apareciam bem na preferência do eleitorado foram impedidas de disputar o pleito em circustâncias que motivaram questionamentos de parte da comunidade internacional. As eleições venezuelanas serão realizadas no próximo domingo (28/7), data na qual o vencedor do pleito deve ser conhecido.