O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino viveu como poucos os 100 primeiros dias do governo Lula. Caíram no colo do ex-governador do Maranhão crises e situações complexas que, nas palavras dele, fizeram com que esses primeiros meses se parecerem anos.
Atos golpistas de 8 de janeiro, crise Yanomami, ataques de facção criminosa no Rio Grande do Norte, revogação dos decretos armamentistas, atentado à creche em Blumenau (SC): Dino teve que apagar inúmeros incêndios no início da sua gestão.
Na noite de segunda-feira (10/4), quando o governo celebrou o marco dos 100 dias, Dino veio até os estúdios do Metrópoles e compartilhou sua avaliação da atual gestão. Também respondeu questões que ainda estão em aberto, como os garimpeiros que insistem em permanecer no território Yanomami no estado de Roraima.
Veja a entrevista completa aqui:
8 de janeiro, garimpos e STFO ministro da Justiça e Segurança Pública reconheceu que um erro de comunicação pode ter colaborado para que ele não recebesse relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertando sobre os riscos de vandalismo e invasão de prédios públicos no protesto bolsonarista de 8 de janeiro.
Flávio Dino afirmou que a destruição do patrimônio de garimpeiros ilegais em Roraima deve ser intensificada, para tentar colocar um ponto final na invasão do território indígena para extração de ouro.
O ex-governador do Maranhão, que é também ex-juiz, até contou que o presidente Lula já falou sobre a escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), embora o ministro não revele o nome dos possíveis indicados.
Dino também fez um aceno crítico para os armamentistas, que anseiam pela definição de um novo regulamento sobre o uso de armas, o que deve acontecer em maio.
Quando o assunto é programa de governo, o ministro defendeu a retomada do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), associado a outros projetos de segurança da pasta que têm orçamento mais robusto.
Por fim, Dino colocou as redes sociais contra a parede, quando o assunto é o impulsionamento de conteúdo criminoso na internet, que faz apologia a ataques e violência nas escolas, como a que aconteceu em Blumenau.