Em depoimento realizado à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 13, o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), atribuiu a responsabilidade dos ataques de vandalismo realizado na sede dos Três Poderes à Secretaria de Segurança Pública – então comandada pelo ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. A equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso ao depoimento do político e o emedebista afirmou não ter sido informado de qualquer risco nas manifestações. Rocha ressaltou que recebeu relatos de “preocupação com a chegada de vários ônibus com manifestantes” no dia anterior e que o secretário interino da Segurança Pública, Fernando Oliveria – Torres encontrava-se de férias em Orlando, nos Estados Unidos – lhe informou que o clima em frente ao quartel-general do Exército estava calmo. Por isso, Ibaneis disse aos agentes de segurança que foi à missa e retornou a sua casa no domingo em questão. Às 15h39, assistiu pela televisão as invasões e depredações ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.
O governador afastado ressaltou que foi “absolutamente surpreendido com a falta da resistência exigida para a gravidade da situação por parte da PM/DF”. Ibaneis afirmou, ainda, que houve “algum tipo de sabotagem“. O emedebista ressaltou que foi “absolutamente surpreendido com a falta da resistência exigida para a gravidade da situação por parte da PM/DF”. Ibaneis afirmou, ainda, que houve “algum tipo de sabotagem”. Após acompanhar a invasão à sede dos Três Poderes, o governador afastado disse ter recebido mensagens de Oliveira “dizendo que as coisas tinham saído do controle, solicitando apoio do Exército e de outras forças de segurança”. Em seguida, foi criado um gabinete de crise com a vice-governadora, o secretário da Casa Civil e o consultor Jurídico do DF para análise e tomada de decisões imediatas. O Batalhão de Choque, bem como a cavalaria, também foram acionados “até que, ao final da tarde e início da noite, conseguiram controlar a situação e dominar os prédios públicos depredados“. Anderson Torres, então secretário, foi exonerado e foi solicitado à vice-governadora e ao secretario da Casa Civil “para prestarem todo o apoio necessário a quem viesse a ser o interventor”. Questionado, Ibaneis relatou ter perdido a confiança em Torres. “Se deu em razão do fato de que este [Torres] estava ausente do país no momento do trágico acontecimento”, explicou.