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Beija-Flor reconta a história em homenagem aos 200 anos do 2 de Julho

A Bahia foi tema mais uma vez na Sapucaí, na segunda noite de desfiles das escolas de samba. A Beija-Flor homenageou os 200 anos da Independência da Bahia e contou a história da expulsão das tropas portuguesas.

A escola defendeu a ideia de que essa foi a verdadeira independência do Brasil com o enredo “Brava gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”. Com carros alegóricos e fantasias muito luxuosas e a habitual disposição dos desfilantes, que não pararam de cantar o samba interpretado por Neguinho da Beija-Flor em parceria inédita com Ludmilla.

“Me preparei muito para estar ao lado do Neguinho, que é uma lenda viva da nossa música. Não poderia chegar despreparada, ainda mais para representar essa escola que canta um hino tão forte e potente neste ano”, disse Ludmilla, em entrevista à TV Globo na concentração.

A escola abordou também temas como feminismo, luta contra o racismo, a homofobia. Foram 23 alas, seis carros e três tripés, além dos 3,5 mil integrantes.

O desfile da escola começou com a comissão de frente, chamado de “Onde o povo fez história e a escola não contou”. Nesta etapa, a tentativa foi de trazer uma nova versão para o Dia da Independência. O abre-alas “Descontruindo a fantasia histórica” questionou a data oficial da Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822 e mostrou que a libertação de Portugal só foi possível pela luta popular. O carro seguinte, “O dia em que o povo ganhou”, representou o dia 2 de julho de 1823, quando a houve a batalha em que as tropas brasileiras expulsaram os portugueses da Bahia. 

A Beija-Flor foi eleita a melhor escola do Grupo Especial, pelo júri do Estandarte de Ouro deste ano. O desfile foi desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues.

Susto
A escola foi a penúltima escola a desfilar e levou um susto a poucos minutos do início de sua apresentação: o carro abre-alas sofreu um princípio de incêndio quando faíscas atingiram material inflamável. Mas o problema foi sanado antes de o desfile começar, então não causou reflexos na avenida. Apenas o susto de um integrante, Edson Gouveia, que iria desfilar na plataforma atingida pelo fogo. Recomposto, ele foi reintegrado ao carro alegórico.
 

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