Lenda do boxe baiano, o ex-pugilista Reginaldo Holyfield será homenageado com um evento beneficente. Batizada de Todos por Holyfield, a ação receberá a final do Campeonato Baiano Aberto de Boxe Olímpico, e vai angariar fundos para o ex-lutador e sua família.
O projeto acontecerá no dia 6 de maio (um sábado), a partir das 15h, no ringue montado no Centro de Boxe e Artes Marciais Waldemar Santana, no Largo de Roma. Ao todo, estão programados 20 combates, reunindo 40 atletas de diversas categorias em busca do título baiano de boxe.
Hoje aos 57 anos, Holyfield vive uma luta fora dos ringues. O ex-lutador foi diagnosticado tuberculose e diabetes, e tem dificuldades para andar e falar.
“A ideia desta ação beneficente foi desenvolvida em conjunto com a Federação de Boxe da Bahia, profissionais e atletas que utilizam o CT de Boxe e Artes Marciais. Holyfield é uma lenda da Bahia e que merece o apoio da sociedade neste momento delicado que está passando”, disse Vicente Neto, diretor-geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho e Esporte (Setre).
O primeiro lote de ingressos será vendido até a próxima segunda-feira (1º), com preço promocional de R$10 + 1kg de alimento. Após essa data, as entradas passarão a custar R$15.
Os bilhetes podem ser adquiridos através da internet ou no Balcão de Ingresso, no Shopping da Bahia, com possibilidade de pagamento no cartão de crédito ou Pix. Na compra online, é cobrada taxa de serviço, de 10%.
Ícone do boxe e heroísmo
Reginaldo da Silva de Andrade, o Reginaldo Holyfield, foi o principal nome do boxe baiano por um longo período e, antes de Acelino ‘Popó’ Freitas, era ele quem dominava a modalidade no estado.
Ao longo de sua carreira, conquistou nada menos que seis títulos brasileiros, quatro sul-americanos, seis latinos, um hispânico e dois mundiais pela Federação Mundial de Boxe (FMB), entidade considerada de segundo escalão do mundo do pugilismo. Todos na categoria supermédio.
O baiano também ficou famoso por protagonizar uma das maiores rivalidades do esporte, contra o pernambucano Luciano Todo Duro. A rixa entre os dois dura mais de 20 anos, e é tão grande que virou filme: A Luta do Século (2016), do cineasta Sérgio Machado.
Além da carreira nos ringues, Holyfield também ficou conhecido por um ato heroico. Em 2011, viu sua residência, em Massaranduba, pegar fogo e, em questão de minutos, conseguiu salvar seus dois sobrinhos – Samuel, que tinha três anos na época, e Mariana, então com 12 anos.
Reginaldo atravessou a casa em busca das crianças, que tinham ficado encurraladas pelo fogo. Acabou sofrendo queimaduras de 1º e 2º graus, nas mãos e pernas.