O Bahia anunciou, na última sexta-feira (26), uma alteração significativa no seu plano de sócios, que totaliza 50 mil adesões. Com a constituição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o programa se desmembrará em dois já a partir da mensalidade de junho: um relacionado ao Bahia enquanto associação sem fins lucrativos e outro gerido pela SAF, que tem o Grupo City como dono de 90% das ações – e o clube de 10%.
O primeiro passo para entender a mudança é compreender o que está por trás dela. A SAF comprou o que diz respeito ao futebol do Bahia, e isso inclui também o que está ligado ao acesso aos jogos, como por exemplo o programa Sócio Esquadrão.
Mas não comprou o que diz respeito ao Bahia fora do futebol. Exemplo: o direito de votar e ser votado para presidente da associação (o Esporte Clube Bahia), função exercida atualmente por Guilherme Bellintani, que tem mandato até dezembro. No tocante ao futebol, o presidente é o representante do clube no Conselho de Administração da SAF, que tem seis membros indicados pelo Grupo City.
Por causa dessa separação dos temas é que haverá dois programas, sem vínculo entre eles (a SAF tem inclusive um CNPJ diferente). Até então, o sócio com ou sem acesso garantido tinha direito a voto. Agora, não mais.
Na prática, quem quiser ter os direitos políticos vai pagar R$ 20 à parte, por mês, para assinar o plano contribuinte do “Bahia Associação”. Ele não dará acesso aos jogos nem a nenhum benefício em produtos comerciais, como a camisa oficial após um ano, desconto na loja Esquadrão e nos bares da Arena Fonte Nova.
Todos esses benefícios citados constam no plano do “Bahia SAF”, que mantém as características vigentes até então, porém sem o direito a votar e ser votado para as instâncias políticas do clube.
Os preços dele não mudam, com mensalidade de R$ 49 para o sócio Esquadrão, aquele que não acesso garantido, mas tem prioridade na compra de ingresso (equivale aos antigos patrimonial/contribuinte); e a partir de R$ 69,90 até R$ 299,90 nas modalidades com acesso garantido, variando o valor a depender do setor no estádio. A categoria Esquadrãozinho (R$ 10 mensais) também fica no guarda-chuva da SAF.
Há, portanto, três possibilidades. Uma é ser sócio contribuinte somente da associação, ao custo de R$ 20 por mês; outra é se associar apenas à SAF, pagando de R$ 49 até R$ 299,90; e é possível também se vincular a ambas. Neste terceiro caso, serão feitas duas cobranças distintas, como compras separadas, uma no valor de R$ 20 e outra no valor do plano da SAF escolhido.
O que o sócio precisa fazer?
Quem já é sócio está cadastrado na base de dados do “Bahia Associação” e precisa atualizar os dados bancários no site do sócio Esquadrão para permitir a cobrança pelo “Bahia SAF”.
E para se tornar sócio contribuinte do “Bahia Associação”, é necessário fazer o cadastro no site respectivo a partir de 1º de junho. Em ambos os casos, o tricolor disponibiliza uma Central de Atendimento por telefone (71 2203-1931 / 71 99900-5988) ou e-mail ([email protected]).