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‘Se o contrato da Enel fosse com a Prefeitura, já teria sido cancelado’, diz Nunes uma semana após apagão

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou nesta sexta-feira, 10, que se a concessão pública da Enel fosse de responsabilidade da Prefeitura de São Paulo, ela já teria sido cancelada. A declaração ocorre uma semana após o apagão que deixou cerca de 2,1 milhões de brasileiros sem energia elétrica no Estado, após temporal na última sexta, 3. “Se o contrato fosse com a Prefeitura de São Paulo, se a concessão fosse com a prefeitura, já teria cancelado a concessão. A grande questão é que a concessão é com o governo federal. (…) Somos vítimas também da Enel, somos vítimas da Aneel que não foi contundente até o presente momento com relação a isso. É inaceitável ver essas pessoas uma semana sem energia, essa empresa vai ter que pagar por cada transtorno, por cada sofrimento que ela está causando às pessoas”, disse Nunes em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.

Questionado pelo comentarista sobre a criação de um comitê para averiguar o trabalho da Enel e, se possível, a suspensão da concessão à empresa, o prefeito afirmou que o grupo está consolidado desde a semana passada. “A concessão não é prefeitura, é com o governo federal. Em Goiás houve uma pressão do governador, mas a decisão foi do governo federal com a Enel. Sinto que há muitas dúvidas em relação a esse tema. O contrato com a prefeitura. Ninguém está empurrando (a responsabilidade), não estou jogando para lá, mas é isso que aconteceu. A Enel tem um contrato de concessão com o governo federal, a fiscalização e regulação é do governo federal”, afirmou Nunes, que defendeu uma ação “drástica” contra a empresa. “Não depende de mim. Mas se a empresa não funciona é possível substituí-la”, acrescenta.

“Como a Prefeitura não tem gestão, fizemos isso através do judiciários, a nossa ação pede que ela nos apresente um plano de contingência, o quadro de funcionários e se é compatível. Tive que recorrer ao Judiciário, porque como a regularização é do governo federal, eles estão tão distantes que sequer a população fala deles. (…) Gostaria muito que a concessão e fiscalização pudesse ser minha, porque se a concessão e fiscalização fosse da Prefeitura de São Paulo, eles já estavam com bilhões de multa e já estaríamos no processo de substituição da empresa”, encerrou Nunes. Nesta sexta, o gestor informou que cerca de 1.000 clientes permanecem sem energia na capital paulista.

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