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Ibaneis promete mais obras, nomeações e vagas em creches para 2024

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que irá nomear novos servidores em 2024 em áreas como saúde e segurança. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, nessa segunda-feira (18/12), Ibaneis afirmou que 2023 foi um ano “muito apertado” para as contas do governo por conta das reduções de arrecadação. “Nós tivemos que segurar um pouco a folha”, enfatizou.

Mas, em 2024, o cenário será diferente, segundo o governador. “A gente espera fazer mais contratações para o ano que vem”, anunciou. 

Para o próximo ano, o emedebista também promete entregar obras como a reforma da Avenida Hélio Prates, em Taguatinga e Ceilândia, do Autódromo Internacional de Brasília e a inauguração dos viadutos do Paranoá e do Riacho Fundo.

Governador do DF, Ibaneis Rocha (2)

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Governador do DF, Ibaneis Rocha (3)

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Governador do DF, Ibaneis Rocha (5)

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Governador do DF, Ibaneis Rocha (1)

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Governador do DF, Ibaneis Rocha (4)

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Governador do DF, Ibaneis Rocha (6)

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Governador do DF, Ibaneis Rocha (7)

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Durante a entrevista, Ibaneis também garantiu que não haverá aumento da passagem de ônibus, em função da privatização da Rodoviária do Plano Piloto. O governador ainda falou sobre a saúde das contas públicas do DF, deu detalhes sobre a mudança no contrato do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) e anunciou reforço na segurança contra instalação de integrantes de facções criminosas na capital federal.

Contas Segundo Ibaneis, o GDF fechará 2023 com “muita dificuldade” nos cofres públicos, em função da queda na arrecadação do ICMS, mas garantiu que pagará as contas em dia. Em 2022, o governo federal reduziu a alíquota do ICMS sobre combustíveis e telecomunicações, o que impactou negativamente no desempenho da arrecadação do DF e de estados.

“Nós vamos fechar com muita dificuldade. Tivemos que fazer um aperto muito grande. A questão do ICMS, que foi reduzido, abalou muito as finanças, não só do Distrito Federal mas de outros estados, e forçou uma medida que eu não gostaria de ter praticado, que foi o aumento da tributação do ICMS. Mas isso é necessário para equilibrar as contas do Distrito Federal, que tem uma folha muito alta”, afirmou.

“Mas, segundo informações da Secretaria de Fazenda e da Secretaria de Planejamento, lá com o [secretário] Ney, nós vamos conseguir fechar o ano pagando todas as contas em dia”, declarou Ibaneis.

Transporte Durante a entrevista, Ibaneis garantiu que não haverá aumento da passagem de ônibus para a população em função da privatização da Rodoviária do Plano Piloto. O possível reajuste nos bilhetes foi uma das críticas que deputados fizeram ao projeto durante a longa discussão do tema, concluída de madrugada da última quarta-feira (13/12), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

“Sem dúvida, não vai acontecer. A gente já tem um sistema de transporte no Distrito Federal bastante oneroso para o governo, onde a gente cobre quase que 70% do custo”, afirmou.

Assista ao corte da entrevista:

Ibaneis disse que a Rodoviária do Plano Piloto “não dá para ser gerida pelo serviço público”. “A concessão da rodoviária vem após um estudo muito bem feito através da Secretaria de Parcerias Público-Privadas e da Secretaria de Mobilidade. Foi um processo que passou pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, recebendo todas as recomendações dos conselheiros. Temos muita segurança de que será um avanço muito grande para o Distrito Federal e que vai resolver um problema de décadas da nossa cidade”, afirmou.

Questionado sobre os constantes problemas relatados pela população em relação aos ônibus, Ibaneis disse que os cidadãos vão ver melhorias no transporte após a troca dos ônibus – que foi cobrada das empresas pelo GDF –, ampliação dos terminais e do BRT.

O governador afirmou que, apesar do bilionário repasse já feito pelo GDF às empresas, o governo ainda tem mais contas a pagar para as operadoras do transporte público porque o orçamento aprovado para a área, no ano passado, não previu todos os custos.

“O custo do transporte é muito alto no Distrito Federal. Nós temos muitas gratuidades aqui. Talvez seja uma das cidades do país que tem uma maior quantidade de gratuidades e isso impacta muito no pagamento da tarifa técnica. Isso faz com que o governo seja onerado na ordem de R$ 2 bilhões por ano. É um valor astronômico, mas que esse ano nós temos mais problemas ainda a pagar, porque o orçamento que foi aprovado ano passado, ele não contemplava todos os pagamentos que eram devidos às empresas”, explicou.

Segundo o governador, o GDF está negociando com as empresas de ônibus a substituição dos cobradores por validadores digitais, o que reduziria as despesas. Porém, Ibaneis disse que a preocupação do governo é evitar demissões desses profissionais. A saída seria admiti-los em outras funções.

“Nós estamos negociando com as empresas para que deem curso de reciclagem, para que todos esses empregados permaneçam dentro do sistema, em outras funções”, afirmou Ibaneis.

“A gente vem negociando isso com as empresas e com o sindicato também, de modo que a gente possa ter essa redução do custo em vez em virtude dos validadores, que serão todos eletrônicos, e a gente não terá mais necessidade de os cobradores”, afirmou. Ibaneis não informou prazo para implantação do novo sistema.

Assista ao corte da entrevista:

Obras Ibaneis disse que planeja lançar, em 2024, a licitação para o BRT Norte. O projeto prevê corredor de ônibus para ligar o Plano Piloto até Planaltina, com estações e terminais ao longo do caminho.

O BRT Norte é uma das obras que devem ser custeadas por meio de financiamentos. Segundo Ibaneis, o GDF reorganizou as finanças e subiu a capacidade de pagamento de C para A, o que permitiu a captação de R$ 2,8 bilhões em investimentos.

“Para o ano que vem, já temos a capacidade de retirar mais R$ 2 bilhões para investimento na cidade. Isso vai transformar o Distrito Federal com várias obras que estão sendo colocadas, a exemplo do que vai acontecer com o BRT Norte, que nós esperamos lançar ainda no próximo ano”, afirmou.

Sobre as obras previstas para os próximos anos, Ibaneis citou a reforma da Praça do Relógio, em Taguatinga, a duplicação da DF-128 e a construção da terceira faixa da BR-020. O governador disse que há previsão de concluir a renovação da Avenida Hélio Prates no segundo semestre de 2024, com um novo sistema de drenagem para evitar alagamentos.

“Temos a obra da Hélio Prates, que existe uma previsão de entrega para o segundo semestre do ano que vem. Também é uma obra muito importante, não só do ponto de vista da beleza, da estruturação da via, mas também do ponto de vista da drenagem, que era um problema muito sério. A gente pede desculpa à população pelos transtornos que vem passando, mas não se faz uma obra daquele tamanho sem gerar transtornos”, disse o governador.

A privatização também a solução adotada pelo GDF para melhoria do Metrô-DF. Nas últimas semanas, houve explosão na estação central, risco de descarrilamento e fechamento das estações por falta de energia.

Segundo Ibaneis, o governo tem feito investimentos pontuais no Metrô-DF, com a previsão da compra de novos carros, reforma de parte da alimentação de energia e expansão das linhas em Samambaia e Ceilândia, mas o GDF não dispõe do recurso necessário para cessar todos os problemas do sistema.

“A gente vem fazendo investimentos: tem a previsão de compra de novos carros e de reforma da parte de alimentação de energia. O presidente do Metrô vem trabalhando junto com sua equipe para que a gente tenha a melhor modernização”, disse.

“Conseguimos lançar agora a licitação da expansão do Samambaia e está em fase final para lançar a licitação de expansão da Ceilândia também, o que vai melhorar o sistema e vai alimentar cada vez mais essas regiões. Mas eu acredito muito na concessão do metrô como uma das soluções definitivas para esse problema”, afirmou.

O governador falou sobre a entrega de novos Centros de Ensino de Primeira Infância (CEPIs) que vai ampliar o número de vagas para crianças nas unidades. Sobre educação, Ibaneis também falou das reclamações sobre a merenda escolar – que, segundo ele, são “pontuais” – e confirmou que mantém o projeto de ampliação das escolas cívico-militares na capital do país.

Governador do DF, Ibaneis Rocha, em entrevista ao Metrópoles Novas contratações e hospitais Sobre as reclamações da população para conseguir acesso a serviços como consultas e exames na rede pública de saúde, Ibaneis afirmou que há dificuldade do governo em contratar profissionais da saúde, especialmente de médicos.

“Tem determinadas áreas que você faz o chamamento, como é o caso dos anestesistas, e tem baixa adesão. Isso prejudica muito o sistema, porque você tem todas as equipes cirúrgicas, mas não tem o anestesista”, exemplificou.

Questionado sobre as medidas que pretende adotar no ano que vem para melhorar o sistema de saúde público do DF, o governador disse que há expectativa de mais contratações e de dar início na construção de três novos hospitais.

“Dois deles já estão com licitações em andamento. Em um já foi apresentado proposta, o Hospital do Recanto das Emas. Temos o Hospital do Guará que a licitação já está em curso. Estamos aguardando a assinatura do contrato com a Caixa Econômica Federal para lançar o Hospital de São Sebastião. Houve aumento da rede, maior contratação de trabalhadores e expansão das Upas, onde a gente vem melhorando atendimento, inclusive colocando pediatras”, declarou.

Assista ao corte da entrevista:

Ibaneis disse que a Secretaria de Saúde do DF vai remodelar o contrato com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) para “permitir mais investimentos, a abertura de mais sala de cirurgia, de mais ambulatórios e a reforma total do Hospital de Base, que nós precisamos fazer”. “Temos que cuidar da nossa saúde e cuidar das pessoas”, afirmou.

“O Hospital de Planaltina está passando por grande reforma e ampliação. O Hospital de Brazlândia, da mesma maneira. A gente espera que, com esse conjunto de coisas que estão sendo feitas, poder ampliar o atendimento e diminuir as filas de espera. Pedimos desculpas à população, mas nós estamos trabalhando para resolver os problemas da saúde”, afirmou.

O governador enfatizou que os hospitais do DF atendem muitos pacientes do Entorno, mas o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), prometeu inaugurar o Hospital de Águas Lindas em 2024, o que deve desafogar o sistema de saúde distrital.

Credenciamento Na semana passada, o GDF determinou intervenção administrativa no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), organização responsável por 85% dos serviços de cardiologia e transplante.

Uma decisão liminar suspendeu a medida, após a responsável pelo ICTDF, a Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), do Rio Grande do Sul, apontar à Justiça que o GDF teria uma dívida de R$ 25,4 milhões com a organização.

Na entrevista, Ibaneis negou que haja qualquer débito com o ICTDF. “O contrato da Secretaria de Saúde com a rede lá do Instituto do Coração está totalmente em dia. O correto é você receber as faturas, fazer todo o levantamento e depois fazer o pagamento. Mas, em virtude da necessidade deles, nós mudamos esse sistema, nós estamos pagando, fazendo uma glosa de 20%, o que foi acertado com eles em contrato. Está tudo direitinho”, afirmou.

“Agora, o que acontece? Nós recebemos um ofício da Fundação dizendo que iria suspender o serviço a partir do dia 13. Então, a atitude imediata foi fazer a intervenção para que a gente pudesse ter a manutenção do serviço para a população do Distrito Federal. E o que vinha acontecendo é que os pagamentos estavam sendo feitos e a situação econômica da Fundação, lá no Rio Grande do Sul, ia fazer com que eles levassem esses recursos para lá, ao invés de investir aqui no hospital”, explicou o governador.

Ibaneis disse que, em razão da ameaça de suspensão dos serviços do ICTDF, determinou a abertura de credenciamento de hospitais particulares para o atendimento em cardiologia.

“Nós temos uma capacidade ociosa nos hospitais privados do Distrito Federal para esse atendimento e nós vamos adotar também esse procedimento para poder diminuir o sofrimento da população”, anunciou.

Segurança A instalação do crime organizado no Entorno do Distrito Federal gera preocupação no Executivo local. Na entrevista, Ibaneis declarou que membros de organizações criminosas estão comprando comércios e residências nas cidades próximas ao DF. Esse movimento, segundo Ibaneis, gerou um aumento de crimes como tráfico de drogas na capital federal.

A coluna Na Mira, do Metrópoles, revelou que a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) teria divulgado um “salve”, espécie de ordem para que todos os integrantes da facção espalhados pelo país levantem informação sobre servidores dos sistemas penitenciários, inclusive do DF. A intenção, seria conseguir benefícios dentro do Complexo Penitenciário da Papuda.

Para Ibaneis, as ações de organizações como o PCC estão se aproximando do DF devido à transferência de grandes nomes desses grupos para o Presídio Federal do DF.

“Vemos com muita preocupação, porque eles vão tomando conta do Entorno, comprando residências, estabelecimentos comerciais. Isso tudo por conta dessa aproximação [do PCC]. O aumento do tráfico de entorpecentes é uma coisa que gera a chegada desses grupos criminosos e também o fato de terem trazido criminosos para o Presídio Federal do Distrito Federal. Isso faz com que eles consigam se alocar nessas regiões mais próximas do presídio para obter o contato com esses líderes do PCC”, disse o governador.

O chefe do Executivo local garantiu que as forças de segurança estão treinadas e atentas para as movimentações. “Estamos trabalhando com muita eficiência, principalmente na área de investigação. A gente tem deflagrado algumas operações. A gente que tem convicção de que estamos preparados para o enfrentamento com essas forças, que são muito perigosas. Temos consciência que a nossa polícia tem preparo para resolver esse problema”, completou Ibaneis.

Ainda em relação à segurança, Ibaneis considerou que o DF é um local seguro, mas destacou ser necessário reforçar a segurança em algumas áreas: “Precisamos aumentar essa sensação de segurança, principalmente nas cidades satélites, onde a gente ainda tem um índice de criminalidade muito grande, em especial em Ceilândia, Sol Nascente e algumas regiões mais violentas”.

Déficit Sobre o déficit de policiais civis e militares na capital do país, o governador afirmou que pretende publicar o chamamento de 300 candidatos para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ainda neste mês de dezembro.

Para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Ibaneis disse esperar a conclusão do concurso que ficou suspenso por aproximadamente 56 dias, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nós temos uma previsão de fazer um chamamento de um grupo de policiais civis. Agora, nesse período, estamos aguardando a conclusão do concurso da Polícia Militar, que tem suspenso, por decisão do Supremo Tribunal Federal, em relação à cota de mulheres para o concurso. Graças a Deus, chegamos a um acordo e a gente espera que, após a conclusão, comecemos a chamar esses grupos de policiais militares”, declarou.

Em relação ao déficit, Ibaneis afirmou que houve um movimento de aposentadoria muito grande nas forças de segurança por conta das mudanças na previdência em todo o país nos últimos anos.

Feminicídio Este ano, até a metade de dezembro, o DF registrou 32 feminicídios — número quase 100% maior do que os 18 crimes do tipo registrados em 2022. Ibaneis frisa que o governo local trabalha para tentar diminuir a ocorrências de feminicídios e destaca a criação do auxílio para órfãos de vítimas do feminicídio, regulamentado em 8 de dezembro.

“Infelizmente, esse ano, nós tivemos um aumento no número de feminicídios. E o que a gente fez com essa lei, ideia da nossa vice-governadora [Celina Leão], foi tentar minimizar esse sofrimento. Muitas vezes essas crianças ficavam totalmente abandonadas. Os pais se suicidam muito após a prática do feminicídio, ou vão presos, e as crianças ficam sem nenhum tipo de amparo”, explicou.

O governador disse que o cadastramento dessas crianças será feito “o mais rápido possível” para que os pagamentos do auxílio sejam iniciados.

“É um crime que abala muito a sociedade e abala muitas famílias. É um crime de difícil solução, de difícil erradicação. A gente vem trabalhando em conjunto, secretaria, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, entidades da sociedade civil, Secretaria da Mulher”, completou.

8 de janeiro O governador também falou sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, episódio que levou ao afastamento dele por 65 dias no início do ano. Segundo o governador, o Brasil deu “resposta à altura” da invasão e depredação da sede dos Três Poderes. “Eu acho que a democracia saiu fortalecida, tanto que as instituições estão funcionando bem. Que fique na história como um grande momento da redemocratização do Brasil.”

Como chefe do Executivo local, responsável pela segurança da capital do país, Ibaneis é investigado em inquérito que tramita no STF. “Já fiz toda a apresentação de provas. Tudo isso demonstrou que eu não tive nada a ver com o que aconteceu”, afirmou.

Assista à íntegra da entrevista:

Eleições de 2026 O governador disse que não abre mão de conduzir o processo político das eleições de 2026, mesmo que não se candidate a nada.

Como foi reeleito em 2022, não poderá concorrer ao GDF. Por isso, o emedebista disse que há duas possibilidades para ele nas próximas eleições: disputar uma das duas vagas do DF no Senado ou concluir o mandato até 31 de dezembro de 2026 e, consequentemente, não se candidatar.

“Eu não vou abrir mão de conduzir o processo político de 2026. Eu sou muito centralizador e eu vou fazer questão de estar à frente desse processo de renovação ou de indicação do nome de quem será o governador do Distrito Federal para os próximos anos”, declarou.

Segundo Ibaneis, a definição do candidato apoiado por ele será feita após negociação com os partidos da base. “Vai ser uma eleição diferente, porque nós teremos poucos partidos importantes e a gente espera unir os partidos da ala de direita aqui no Distrito Federal, em torno de uma candidatura única, para que a gente possa ter força política”, pontuou.

“Nós sabemos que haverá, naturalmente, um crescimento do candidato da esquerda ligado ao PT, em virtude da participação do presidente Lula nas eleições. Então, nós temos que tomar muito cuidado. Dificilmente será uma eleição vencida em primeiro turno da eleição. Será uma eleição de dois turnos aqui no Distrito Federal”, disse o governador.

A candidata natural do grupo político de Ibaneis é Celina Leão (PP), atual vice-governadora do DF. Sobre Celina, o governador afirmou que é uma política experiente e a gestão “ponderada” dela à frente do GDF durante os 65 dias no qual esteve afastado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) a fortaleceram, mas o lançamento de uma campanha em torno de Celina dependerá dos partidos.

“Além de ser uma política experiente, ela é uma política que já tem estrada aqui no Distrito Federal, tem muito serviço prestado à sociedade. Ela se colocou, no período do meu afastamento, no início do ano, como uma pessoa bastante ponderada. Isso mostrou uma união em torno do nome da Celina, que é muito importante para 2026. Mas isso vai ser discutido com os partidos da base para que a gente possa fazer melhor composição política”, disse Ibaneis.

Assista ao corte da entrevista:

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