Concluído o último pregão de 2023, nesta quinta-feira (28/12), o Ibovespa deixa boas notícias aos investidores. Neste ano, ele registrou rentabilidade de cerca de 22% (veja quadro abaixo), a maior desde 2019, último período antes da pandemia da Covid-19. Na sessão, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) fechou em alta minúscula de 0,01%, mas suficiente para atingir 134.209 pontos, a maior pontuação em termos nominais (sem considerar a inflação) já observada na história do indicador.
As informações foram compiladas pelo consultor de dados do mercado de capitais Einar Rivero. “Apesar desse marco significativo em termos nominais, é importante notar que o Ibovespa ainda está distante dos melhores resultados, em termos reais (levando-se em conta a inflação), registrados há 15 anos, em maio de 2008”, diz Rivero. “Em dólares, o índice se encontra a 37,7% do seu máximo, e em valores ajustados pelo IPCA, a 24,4%. Isso mostra que há amplo espaço para o crescimento contínuo do Ibovespa.”
Rivero observa que o Ibovespa não foi o único índice a registrar picos históricos em 2023. O Dow Jones, nos Estados Unidos, alcançou sua pontuação máxima em 19 de dezembro, com 37.558 pontos, uma valorização de 13,31% até aquela data.
O consultor destaca ainda que, em 2023, o Bitcoin teve rentabilidade superior aos ativos de renda variável, com valorização de 140,75% até 22 de dezembro. Em contrapartida, o euro, o ouro e o dólar apresentaram rentabilidades negativas de 3,87%, 3,91% e 6,82%, respectivamente.
Nesta quinta, as maiores altas do Ibovespa foram registradas pela construtora MRV (2,00%), seguida pela rede de farmácias Raia-Drogasil (1,44%). Entre as baixas mais expressivas, ficaram a CVC (-12,72%) e a Locaweb (-4,44%)
Dólar O dólar fechou em alta de 0,41%, cotado a R$ 4,852. Com isso, a moeda americana acumula quedas de 0,17% na semana; 1,28% no mês; e 8,06% no ano.