Outros dois PMs presos — Allan Kardec Emanuel Franco e Diogo Eleuterio Ferreira — foram detidos temporariamente em 11 de abril. Os mandados contra eles também foram prorrogados por 30 dias, iniciando em 10 de maio. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), vencerão no próximo sábado (8/6).
Conforme a PM, os policiais foram soltos no domingo (2/6). De acordo com a corporação, eles colaboram com a Justiça, e estão comprometidos em cumprir as decisões do Poder Judiciário.
Em nota, o Ministério Público informou que pedirá pela prisão preventiva dos policiais. O órgão aguarda a realização nesta semana de novas diligências para individualizar a conduta de cada um dos seis envolvidos no caso.
Suposto confronto O suposto confronto ocorreu em 1º de abril no Setor Jaó, em Goiânia, e familiares das vítimas denunciam o que pode ter sido uma execução.
Na ocasião, dois homens morreram baleados pelos PMs. Os militares teriam, ainda, plantado uma arma no local do crime, em um bairro de Goiânia, capital do estado.
Os PMs alegaram que a dupla reagiu a uma abordagem, no entanto, imagens registradas pelo celular de um dos abordados mostram o momento da parada e contradizem o relato policial.
Veja o vídeo:
A filmagem, feita pelo celular de uma das vítimas, mostra o momento em que os policiais abordam a dupla, ordenam que eles saiam do carro e coloquem as mãos na cabeça. Logo em seguida, é possível ouvir alguns disparos. Dá para ver quando um dos PMs pega uma pistola e atira duas vezes no chão.
Na sequência, outro PM ordena que alguém coloque as mãos na cabeça e efetua um tiro com um fuzil. Após alguns segundos, um policial aparece tirando um revólver de um saco plástico e limpando a arma com um pano.
Na ocorrência registrada pelo COD, os militares alegaram que um dos abordados teria descido do carro atirando contra as equipes, que revidaram. A filmagem, porém, não mostra nenhum tipo de reação, exceto o momento em que os suspeitos saem do veículo.
Os policiais relataram também que os dois homens tinham antecedentes e haviam sido denunciados por vítimas de extorsão.