O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi visto, na manhã desta quarta-feira (3/7), entrando no Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente da República. O ministro se reúne hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia anterior, o petista afirmou que fará uma reunião com auxiliares para elaborar uma solução contra as altas do dólar nos últimos dias. Por outro lado, Haddad disse ter uma agenda “exclusivamente” fiscal com Lula.
Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA), o chefe do Executivo afirmou que a subida do dólar “preocupa”, mas que trata-se de um jogo de “especulação”, reforçando que não tem ligação com as recentes falas durante entrevistas recentes.
“Obviamente, me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação. Há um jogo especulativo contra o real no país”, avaliou. “Tenho conversado com as pessoas [sobre] o que vamos fazer, estou voltando na quarta-feira [3/7], e temos uma reunião. Não é normal”, reforçou o presidente.
Haddad diz que reunião com Lula é “fiscal” Enquanto isso, o ministro da Fazenda afirmou ter uma agenda “exclusivamente” fiscal com Lula nesta quarta-feira.
“Não sei de onde saiu esse rumor, mas não. Aqui na Fazenda nós estamos trabalhando uma agenda eminentemente fiscal para apresentar para ele propostas para cumprimento do arcabouço 2024, 2025 e 2026”, frisou Haddad.
Para ele, bastaria “acertar a comunicação” para travar a alta do dólar.
“Acredito que o melhor a fazer é acertar a comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central, como o presidente fez hoje de manhã, quanto em relação ao arcabouço fiscal. Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal. É isso que vai tranquilizar as pessoas”, explicou.
A agenda econômica de Lula Mais tarde, às 16h, o presidente terá outro encontro, desta vez com a Junta de Execução Orçamentária (JEO), no Palácio do Planalto. A JEO é formada por Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Rui Costa (Casa Civil)
A junta é responsável pelo assessoramento direto ao presidente da República na condução da política fiscal do governo.