O ministro da Defesa da Venezuela, Vladmir Padrino López, disse nesta terça-feira (30) que as manifestações contrárias à suposta vitória de Nicolás Maduro, nas eleições desse domingo (28/7), são uma tentativa de golpe de Estado e que elas atenderiam a “interesses do imperialismo norte-americano”.
Ao lado de militares e representantes das Forças Armadas venezuelanas, o ministro reafirmou o apoio incondicional a Maduro e rechaçou os protestos da oposição. “É um golpe de Estado midiático apoiado nas redes sociais pelo imperialismo norte-americano; trata-se do fascismo em sua máxima expressão”, disse ele, de uniforme militar.
O ministro classificou os protestos como “atos terroristas”, de “sabotagem a sedes de instituições públicas” e “expressões de ódio e irracionalidade”. Ele mencionou ainda a destruição de símbolos nacionais, como a estátua “do comandante Hugo Chávez”.
Protestos após eleição Desde que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou a suposta vitória de Maduro, denúncias de fraude eleitoral levaram a protestos no país. As manifestações se espalharam por diferentes regiões da Venezuela.
A posição declarada do Ministro da Defesa sinaliza possível aumento da repressão aos manifestantes. Até esta terça-feira (30/7), segundo o procurador-geral do país, Tarek William Saab, pelo menos 749 pessoas foram presas. Além disso, ONGs venezuelanas já falam em quatro mortes.
Nesta terça, o partido venezuelano Voluntad Popular denunciou que o líder opositor Freddy Superlano teria sido “sequestrado”. Vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que o ex-deputado é capturado pelas autoridades do país.
Ao lado de Padrino López, estavam representantes de todas as Forças Armadas Bolivarianas, como: Exército Bolivariano, Armada Bolivariana, Aviação Militar Bolivariana, Guarda Nacional Bolivariana e Milícia Bolivariana.