InícioNotíciasPolíticaEscola recebe mais de 10 denúncias contra professor acusado de estupro

Escola recebe mais de 10 denúncias contra professor acusado de estupro

São Paulo — O tradicional Colégio Rio Branco, em São Paulo, recebeu em cinco dias 13 denúncias de condutas impróprias contra o ex-professor Carlos Veiga Filho, acusado de estuprar alunos da instituição particular. Os crimes teriam acontecido entre 1980 e 2003.

A informação foi divulgada pela CBN e confirmada pelo Metrópoles. Quatro dessas denúncias foram encaminhadas para autoridades investigarem. O repasse aconteceu após as vítimas terem autorizado o compartilhamento das informações.

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Carlos Veiga Filho, de 61 anos

Reprodução/ TV Globo

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Unidade de Higienópolis do Colégio Rio Branco

Reprodução/site Colégio Rio Branco

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Ex-alunos acusam professor de promover “rituais” com abusos sexuais

Reprodução/ TV Globo

As denúncias foram feitas por meio de um canal criado pela escola para reunir novos casos. Os relatos recentes dizem que o professor teria fotografado alunos nus ou com roupas íntimas durante atividades do grupos de teatro e monitoria da escola.

Preso por acaso Em 11 de junho deste ano, após atender à ocorrência de uma briga em um condomínio em Hortolândia, no interior de São Paulo, policiais descobriram que um dos envolvidos era Carlos Veiga Filho, que tinha um mandado de prisão em aberto por suspeita de estupro de vulnerável. Ele permanece preso desde então.

Ele teria mantido relações sexuais dentro do seu apartamento e nas dependências de um colégio de Serra Negra com três adolescentes que na época eram menores de 14 anos.

O advogado do suspeito, Jhonatan Wilke, afirmou, à época, que o cliente negava os abusos. “Nunca cometeu nenhum crime durante sua carreira de mais de 30 anos como professor. Apenas prestou assistência aos estudantes que estavam enfrentando um momento difícil na família. Dessa forma, se declara inocente de todas as acusações”, disse Wilke à Folha de S.Paulo.

Ainda de acordo com o advogado, Veiga Filho teria realizado a limpeza dos chacras dos adolescentes, sem conotação sexual. “Sendo assim, houve uma aproximação da mão dele nas costas e peitoral (sem toque) das vítimas”.

Denúncias com o MPSP No início de agosto, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu três denúncias contra o professor.

Na ocasião, em entrevista à EPTV, o promotor Gustavo Pozzebon afirmou que as denúncias são semelhantes às anteriores.

“Ele manipulava os alunos, ganhava a confiança deles, fazia com que eles sentissem que ele era um verdadeiro pai. Ganhava a confiança e fazia com que fossem no apartamento dele, e lá praticava os rituais de purificação de chacras, que dizia que faria. Pedia que eles ficassem nus e apalpava os garotos”, afirma o promotor.

Denúncias no Colégio Rio Branco O programa Fantástico, da TV Globo, revelou, no início de agosto, que recebeu denúncias de outros 22 ex-alunos do professor, que afirmam ter sido vítimas dele nos anos 1990, época em que ele lecionava no Colégio Rio Branco, escola de elite de São Paulo. Ele deixou a instituição de ensino em 2003.

Em nota enviada ao Metrópoles, o Colégio Rio Branco, mantido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, afirmou ter tomado conhecimento pela imprensa, em julho de 2024, sobre o processo envolvendo o ex-professor, referente ao período em que atuava em um colégio de Serra Negra. “Recebemos com consternação e indignação o teor dos relatos de ex-alunos trazidos pelas reportagens, uma vez que repudiamos, veementemente, esse tipo de atitude”, diz o texto.

“Estamos empenhados em assegurar que todas as alegações sejam devidamente acolhidas”, afirmou a escola.

A Fundação afirma que “há anos” tem um canal seguro de Ouvidoria para receber denúncias, sugestões e reclamações, sem que, ao longo desse período, tenha havido qualquer menção aos relatos citados. “Além disso, passados mais de 20 anos, lamentavelmente, não localizamos registros de denúncias ou apurações que possam ter sido feitas à época, nem de medidas que possam ter sido tomadas pela direção anterior”, relata a instituição.

Carlos Veiga Filho foi desligado do colégio em 2003 em uma reestruturação interna em que 196 profissionais de diferentes áreas foram dispensados.

O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa de Veiga Filho. O espaço segue aberto para manifestação.

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