O dólar encerrou o dia com uma valorização de 0,95% nesta terça-feira, (29) de outubro, alcançando a cotação de R$ 5,762. Essa marca representa o maior valor da moeda americana desde maio de 2020. Em contrapartida, a Bolsa de Valores registrou uma queda de 0,31%, fechando aos 130.793 pontos. O movimento do câmbio reflete a incerteza no cenário econômico nacional. A instabilidade no mercado foi acentuada pelas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que indicou a ausência de um cronograma para a implementação de medidas de contenção de gastos. Haddad revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou mais informações sobre as propostas, o que sugere uma lentidão na adoção de políticas fiscais que poderiam tranquilizar os investidores.
A equipe econômica havia sinalizado que medidas para a redução de despesas seriam anunciadas em breve, mas a necessidade de aprovação por parte de Lula pode complicar essa agenda. O real se destacou como a moeda que mais se desvalorizou entre as principais divisas globais nesta terça-feira, refletindo a falta de confiança do mercado. No cenário internacional, o relatório de emprego dos Estados Unidos revelou uma queda nas vagas disponíveis, que agora somam 7,443 milhões, o menor número desde janeiro de 2021. Essa redução sugere uma diminuição na demanda por trabalhadores e pode impactar as decisões do Federal Reserve em sua próxima reunião sobre política monetária. Além disso, a confiança do consumidor nos EUA atingiu seu nível mais alto em nove meses em outubro, indicando uma percepção mais positiva sobre o mercado de trabalho.
As expectativas em relação às eleições presidenciais americanas também estão em evidência, com um aumento nas chances de vitória para Donald Trump. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá na próxima semana para deliberar sobre a taxa Selic, que atualmente está fixada em 10,75% ao ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma aceleração para 0,54% em outubro, superando as expectativas do mercado e elevando o acumulado em 12 meses para 4,47%. A expectativa é de que a Selic sofra um aumento de 0,50 ponto percentual na próxima reunião.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias