A defesa dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz solicitou que seus clientes sejam considerados culpados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em março de 2018, mas com uma pena reduzida. Eles enfrentam acusações de homicídio duplo triplamente qualificado, além de tentativa de assassinato da assessora Fernanda Chaves. A defesa argumenta que os jurados devem ignorar as qualificadoras que elevam as penas. Os ex-PMs admitiram a participação no crime em acordos de colaboração, onde revelaram os mandantes do assassinato. Lessa identificou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como os responsáveis pela ordem do crime. Durante a apresentação oral, a defesa pediu ao juiz que não levasse em conta os agravantes relacionados à emboscada e à proteção das vítimas.
Atualmente, o julgamento se encontra na fase de réplica da acusação, na qual o Ministério Público terá um prazo de até duas horas para apresentar seus argumentos. Em seguida, a defesa terá a oportunidade de realizar a tréplica. Após essa etapa, a juíza procederá com a leitura dos quesitos que serão apresentados aos jurados, que se reunirão para deliberar sobre a sentença. O caso, que ganhou grande repercussão na mídia, continua a ser um marco na luta contra a violência e a impunidade no Brasil. A expectativa é alta em relação ao desfecho do julgamento, que pode trazer novas informações sobre os mandantes e a motivação por trás do crime.
Publicado por Sarah Américo
*Reportagem produzida com auxílio de IA