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Acusado de matar adolescente em São Cristóvão será levado ao Tribunal do Júri

O homem acusado pelo homicídio da adolescente Jamile Sanches Araújo Miranda, ocorrido no bairro de São Cristovão, em Salvador, em outubro de 2021, será julgado pelo Tribunal do Júri. A decisão, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador, foi proferida no último dia 15 de fevereiro e atende aos pedidos apresentados pelo Ministério Público estadual.

Em janeiro de 2022, o MP denunciou Elizeu Costa Rodrigues de Souza pelos crimes de homicídio da jovem e tentativa de homicídio dos pais da vítima. 

Segundo a denúncia, a adolescente e seus pais foram vítimas de Elizeu Rodrigues de Souza quando deixavam uma amiga de Jamile em casa, por volta das 20h30. As investigações constataram que as vítimas trafegavam na Rua da Adutora, no bairro de São Cristovão, quando foram surpreendidas por quatro homens armados, dentre eles Elizeu, que acabou deflagrando quatro tiros contra os ocupantes do automóvel. Um dos tiros atingiu Jamile na cabeça e a levou a óbito.

Os crimes, denunciou o MP, teriam acontecido por motivo torpe, já que “decorreu do domínio exercido pelas facções criminosas que disputam o tráfico ilícito de drogas naquele espaço territorial, impondo regras de conduta e de controle para o fluxo de pessoas na comunidade”; com emprego de meio que resultou perigo comum, já que praticado em via pública com pessoas andando na rua; e emprego de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

Elizeu de Souza também foi denunciado por associação criminosa armada e corrupção de menor, pois, conforme apontam as investigações, teve a companhia de adolescentes para prática do fato. Ainda segundo o MP, o denunciado efetuou vários tiros e não atingiu os pais da vítima por circunstância alheias à sua vontade.

Relembre o caso

A bolha de proteção da família para tentar dar mais segurança à estudante Jamile Sanches Araújo Miranda, 18 anos, não conseguiu evitar que ela fosse mais uma vítima da violência. Jamile estava no carro com os pais quando foi baleada no bairro de São Cristóvão, na noite do dia 27 de outubro de 2021.

Segundo informações de familiares, Jamile tinha ido ao cinema com os pais e uma amiga, que não via há 2 anos. Na volta, o pai de Jamile resolveu dar uma carona para a jovem, que morava na Rua Iolanda Pires. Inicialmente, a Polícia Militar havia informado que a jovem estava em um carro por aplicativo.

A amiga de Jamile fez todas as indicações para que eles chegassem e saíssem do local com segurança, mas, na hora de sair do bairro, eles foram abordados por dois homens armados, que mandaram a família sair do local com brevidade. Depois, outros dois homens apareceram atrás do carro, também armados, e atiraram. Um tiro foi para o alto e o outro, na direção do carro, atingindo Jamile na cabeça.

“Vimos dois meliantes apontando a arma para gente e mandaram a gente voltar de ré e eu voltei de ré. Por estar voltando de ré, e saíram mais duas pessoas na rua e não percebi fizemos a manobra pelo final da rua. Por nós termos passado um pouco antes e termos passado com sucesso, eu já estava com uma velocidade acima do permitido, tentando sair dali. Ao chegar em um certo ponto, eu não vi mais ninguém. O meliante saiu e eu não percebi, só vi quando já estava do meu lado, do motorista, e ele deu dois tiros. Minha esposa disse que ele deu um para cima e o outro tiro atingiu o vidro do carro, o encosto, e depois a cabeça da minha filha”, relatou o pai em entrevista à TV Bahia. 

“A luz interna estava acesa, farol baixo, com todo o protocolo de segurança. Segundo o pai, dava para ver que só estavam os três no carro, mas mesmo assim, o cara atirou na maldade, pra matar e atingiu ela na cabeça, que estava sentada no banco de trás”, detalhou o parente.

Jamile era filha única do casal, que está em choque com a perda. “Os pais estão em estado de choque. Ela era filha única deles. E era muito querida. Eles tinham tanto cuidado com ela, por conta da violência, que não deixavam ela pegar ônibus e no entanto ela morreu dentro do carro”, desabafou o parente.

“Nesses 18 anos eu tentei evitar isso, nunca deixei ela andar sozinha, de ônibus, de metrô, porque eu tinha muito medo de acontecer alguma coisa”, disse o pai em entrevista à TV Bahia.

A jovem já tinha concluído o ensino médio e se preparava para ingressar no ensino superior. “Era uma menina exemplar. Já tinha concluído os estudos e sonhava fazer medicina veterinária. Toda a família está arrasada. Ela tinha acabado de completar 18 anos no dia 24 de setembro”, lamentou.

Socorro
Os policiais ajudaram a socorrer a vítima, que foi encaminhada para o Hospital Menandro de Farias e, após a regulação, para o Hospital Geral do Estado (HGE). Jamile não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

No entanto, em nota, a Polícia Civil informou que a jovem estava em um carro da família e passava pela Rua da Adutora, em uma localidade conhecida como Planeta dos Macacos, quando foi atingida pelo disparo. O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).

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