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Caminhoneiro bolsonarista preso omitiu empresa usada em Pix para atos golpistas

São Paulo – Preso pela Polícia Federal (PF) em São Paulo nesta sexta-feira (20/1), sob suspeita de fomentar os atos golpistas em Brasília, o bolsonarista Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, omitiu duas empresas da Justiça Eleitoral quando se candidatou a deputado federal pelo PL, nas eleições de 2022.

Uma delas, a Dream Come True Services Ltda., registrada como transporte de cargas e passageiros, teve o CNPJ utilizado por Ramiro como chave Pix para financiar o seu canal do YouTube, no qual fomentava atos golpistas pelo país, visando, principalmente, o bloqueio de rodovias.

Segundo ele, o canal havia sido desmonetizado em outubro de 2022, logo após o primeiro turno das eleições. “Fui desmonetizado hoje (12/10/2022) neste meu canal e conto com a ajuda de todos vocês para seguir adiante e libertar o Brasil”, diz o caminhoneiro no vídeo no qual pede doações.

Nesta sexta-feira, Ramiro foi um dos oito alvos dos mandados de prisão da Operação Lesa Pátria, que mira participantes, incentivadores e financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da empresa de transporte de cargos e passageiros, Ramiro também não declarou à Justiça Eleitoral uma outra firma aberta em fevereiro do ano passado, com registro de comércio e edição de livros, papelaria, serviços de informação para internet e agência de notícias. Juntas, as duas empresas somam capital de R$ 270 mil e têm o caminheiro como único sócio-administrador.

Na prestação de contas feita à Justiça Eleitoral no ano passado, Ramiro declarou apenas metade de um imóvel em São Paulo, onde reside e foi encontrado pelos agentes da Polícia Federal nesta sexta. Ele recebeu 4.542 votos e ficou com uma vaga de suplente na Câmara.

Vídeo fomentando atos golpistasNo vídeo em que divulga a chave Pix da empresa omitida da Justiça Eleitoral, Ramiro pede aos empresários do agronegócio que utilizem tratores nas rodovias como protesto contra o resultado das eleições – na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia avançado ao segundo turno à frente de Jair Bolsonaro (PL).

“Trator não tem placa. A rodagem está sempre nas estradas, está sempre na pista. Só que se a gente tem placa, se a gente parar, quem é multado é a gente. Agora, vocês do agro não têm placa. Fica a dica”, disse Ramiro.

Ramiro defende, nas imagens, que as eleições foram fraudadas e que Bolsonaro deveria ter sido eleito no primeiro turno. Por isso, continua, pede que empresários do agronegócio e civis tranquem as pistas como forma de protesto.

“Quem foi fraudado no começo do mês será fraudado no segundo… quer dizer, no final do mês”, afirmou.

Nas redes sociais, Ramiro divulgou outra chave de Pix – o seu celular – para levantar doações para os acampamentos golpistas em Brasília. Preso nesta sexta, ele disse à PF que não estava em Brasília no domingo (8/1), quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos e depredados.

No dia seguinte aos atos (9/1), Ramiro esteve na Academia Nacional da Polícia Federal do Distrito Federal para “visitar” os bolsonaristas que haviam sido detidos. Ele gravou um vídeo distribuindo panetones de chocolate no local.

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