InícioEditorialChico César e Geraldo Azevedo encantam gerações com hits atemporais

Chico César e Geraldo Azevedo encantam gerações com hits atemporais

Nos palcos do país desde outubro de 2021, logo após o susto medieval da pandemia, a turnê “Violivoz” dos artistas Chico César e Geraldo Azevedo chega a Brasília dentro do Festival “Estilo Brasil”. O show, que será em 14 de novembro no Ulysses Centro de Convenções, reafirma afinidades entre compositores nordestinos de gerações diferentes em plena sintonia lírica, romântica, sonora e política.

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Basta dar uma olhada no potente repertório que inclui canções ícones de ambos cantadas às avessas, e por algumas surpresas do que há de melhor do nosso cancioneiro. Músicas que enchem de graça o público e os próprios artistas em cena, empunhando os violões cheios de estilos de seis e doze cordas.

“É maravilhoso estar na presença de Chico, um ser humano maravilhoso e um artista excepcional. Sempre admirei muito seu talento e me sinto muito satisfeito com o trabalho que desenvolvemos juntos”, agradece Geraldo Azevedo.

“A minha admiração pelo Geraldo Azevedo e pelo trabalho dele vem da adolescência, fiquei muito fã do seu violão, da voz, das composições, do jeito próprio de falar do Nordeste, de amor, da vida, dos sonhos, das utopias”, devolve o paraibano Chico César.

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No setlist mágico disponível tanto no Spotify quanto no Youtube, a irmandade de afeto e cumplicidade cultural mútuos começa com um repente abre-alas que surfa nos acordes de introdução do xote-folk Táxi Lunar, o grande sucesso do fim dos anos 70 escrita por Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Zé Ramalho.

“Ó Mana deixa eu ir/Ó Mana vou sem medo/Cantar em Salvador com Geraldo Azevedo/Ô Mana deixa eu ir/Que eu vou com quem me presa/Ô Mana deixa eu ir/Cantar com Chico César”, brincam, citando uma das capitais brasileiras por onde o show “Violivoz” já passou.

O lado sócio-político dos autores vem à tona na sequência com o medley Mama África, de Chico César, e a engajada Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores – (Caminhando), polêmico hit de Geraldo Vandré dos pesados anos 60.

O tom politizado segue mais adiante com a dylanesca, Reis do Agronegócio, com mais de dez minutos de crítica social e versos que dão nomes aos bois como: “Ó donos do agrobis, ó reis do agronegócio/Ó produtores de alimentos com veneno/Vocês que aumentam todo ano sua posse/E que poluem cada palmo de terreno”, dá o recado.

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O romantismo à flor da pele surge no palco com sequência esmagadora que começa com o medley Deus Me Ajude e Moça Bonita – a primeira de Chico César, a segunda parceria de Geraldo com o poeta Capinam gravada em 1981 – seguida da singela Dia Branco, de Azevedo, e duas baladonas de arrepiar de Chico César, Pensar em Você e À Primeira Vista. Essa última, hit nacional, também gravada pela baiana Daniela Mercury e incluída na trilha da novela global O Rei do Gado (1996/1997).

Além de Vandré, outros ícones da MPB como Milton Nascimento e Caetano Veloso são homenageados no show “Violivoz”, com a inclusão da libertária Paula e Bebeto, registro de 1975.

E, como se fossem crianças brincando nos campos dos deuses da música, os dois artistas prometem levantar o público brasiliense ao unir com muita malemolência o cover de Paul Anka, Diana, com as belas autorias de Chico César, Da Taça e Onde Estará o Meu Amor.

Instrumentistas de primeira ordem

Letristas de primeira ordem que embalam as poesias com cantar único, ingredientes conferidos em outras pérolas do setlist, a exemplo de autorias de Chico César como o reggae Pedrada, o pop-rancho Estado de Poesia e a animada Palavra Mágica ou ainda parcerias de Geraldo Azevedo com o poeta cearense Fausto Nilo, em canções como Chorando e Cantando e Você Se Lembra, os dois artistas esbanjam talentos nos instrumentos que tocam.

Virtuosismo que hipnotiza o público no duelo, eletrizante de cordas, na instrumental Bicho de 7 Sete Cabeças, outra de Geraldo Azevedo e Zé Ramalho gravada no fim dos anos 70.

Escritas antes e durante a pandemia, as inéditas Tudo de Amor e Nem na Rodoviária brindam o roteiro de “Violivoz” fortalecendo, mais do que nunca, a união e parceria de dois artistas em perfeita comunhão com os respectivos públicos.

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Prepare-se para shows únicos

Ao todo, o Festival “Estilo Brasil” terá, de 14 de novembro a 14 de dezembro, 13 atrações que, em formatos que vão de voos solos a parcerias, passearão por diversos gêneros: da MPB ao samba, do rap à bossa nova, flertando com o jazz, o pop rock e o hip hop. São artistas de peso como Ana Carolina, Paulinho da Viola, Ivan Lins, Xamã, Stacey Kent, Danilo Caymmi, Silva, Poesia Acústica e muito mais.

Programação:

Chico César & Geraldo Azevedo (abertura de Antônio Carlos e Jocafi)
Turnê: Violivoz
14 de novembro

Ana Carolina
Turnê: Ana canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você
16 de novembro

Paulinho da Viola – 80 anos
Turnê: Quando o samba chama
23 de novembro

Stacey Kent & Danilo Caymmi cantam Tom Jobim (participação Roberto Menescal)
Turnê: Um Tom sobre Jobim
29 de novembro

Poesia Acústica & Xamã (abertura de Lourena)
30 de novembro

Silva (abertura com Anelis Assumpção)
Turnê: Encantado
7 de dezembro

Ivan Lins (abertura Joyce Moreno)
14 de dezembro

Festival Estilo Brasil

Local: Ulysses Centro de Convenções
Data: de 14 de novembro a 14 de dezembro
Ingressos: Bilheteria Digital (cliente Banco do Brasil Visa têm 60% de desconto)
Clientes têm direito a adquirir até quatro (4) entradas por CPF (em qualquer categoria)

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