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China envia representante à posse de Maduro em meio a críticas internacionais sobre reeleição na Venezuela

O presidente da China, Xi Jinping, enviou um emissário especial à posse de Nicolás Maduro, realizada na sexta-feira (10), marcando o início de seu terceiro mandato consecutivo como presidente da Venezuela. A informação foi divulgada pela agência estatal chinesa Xinhua neste sábado (11). A presença chinesa reforça a posição de Pequim como um dos poucos aliados internacionais de Caracas, enquanto o governo Maduro enfrenta amplo repúdio da oposição e da comunidade internacional.

A cerimônia de posse, considerada ilegítima por adversários internos e governos estrangeiros, contou com a presença de poucos líderes regionais, como o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, e o nicaraguense Daniel Ortega. Outros aliados tradicionais, como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, não participaram. Em contrapartida, Vladimir Putin, presidente da Rússia, enviou uma mensagem de congratulações a Maduro.

Os Estados Unidos endureceram sua postura contra o governo venezuelano, aumentando para US$ 25 milhões (cerca de R$ 152 milhões) a recompensa por informações que levem à captura de Maduro. Além disso, Washington e Londres mantêm sanções econômicas ao regime chavista.

O enviado chinês, Wang Dongming, reuniu-se com Maduro no Palácio de Miraflores logo após a cerimônia. De acordo com a Xinhua, Wang transmitiu saudações e votos de sucesso de Xi Jinping ao líder venezuelano e destacou a disposição de Pequim em fortalecer a parceria estratégica entre os dois países. “A China está disposta a desenvolver sua amizade com a Venezuela e impulsionar as relações bilaterais”, afirmou Wang.

Em resposta, Maduro expressou respeito e agradecimentos ao líder chinês e declarou que pretende “elevar os laços bilaterais a um novo patamar”. A Venezuela, que enfrenta uma grave crise política e econômica, busca apoio internacional para sustentar sua posição em meio às acusações de fraude eleitoral.

A oposição venezuelana, liderada por Edmundo González Urrutia, contesta os resultados da eleição de 28 de julho. Urrutia, reconhecido pelos Estados Unidos e por diversos países da América Latina como vencedor legítimo do pleito, afirmou na República Dominicana, na quinta-feira (9), que Maduro realizou um “golpe de Estado” e se “autoproclamou ditador”.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Dantas

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