O dólar apresentou alta em relação ao real na manhã desta quinta-feira (21), impulsionado pela expectativa em torno do anúncio do novo pacote de cortes de gastos. A incerteza sobre quando o governo divulgará essas medidas e o valor total dos cortes tem gerado um aumento na busca por ativos de proteção, além de um clima de cautela em relação ao cenário internacional, especialmente devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com o presidente Lula às 15 horas para discutir os detalhes do pacote fiscal.
Em outra perspectiva, Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, acredita que as medidas a serem apresentadas devem ser suficientemente robustas para alterar a trajetória da dívida pública em relação ao PIB. No entanto, atrasos ou ações inadequadas podem ter consequências negativas para a economia brasileira, conforme alerta o banqueiro. “Se a gente não fizer o dever de casa a ponto de mudar a trajetória do gasto público, pode ser um cenário de estresse e colocar mais pressão em cima da política monetária, que se torna passageira. Seria um cenário mais complexo”.
O Banco Central, por sua vez, afirmou que não existem riscos significativos que possam comprometer a estabilidade financeira do país, conforme indicado no Relatório de Estabilidade Financeira referente ao primeiro semestre. Além disso, no cenário internacional, o dólar também se valorizou frente a outras moedas de mercados emergentes, enquanto os juros dos Treasuries dos Estados Unidos apresentaram queda. Pela manhã, Às 9h41, a cotação do dólar à vista registrava um aumento de 0,96%, alcançando R$ 5,8232. Já o dólar para dezembro subia 0,78%, cotado a R$ 5,8275.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira