A cantora Daniela Mercury ficou pertinho dos foliões que a acompanharam na pipoca que puxou no Circuito Dodô, nesta sexta-feira de Carnaval. Isto porque sua apresentação aconteceu em um trio de dois andares, em que o mais baixo deles ficava a poucos metros do chão, na altura perfeita do olhar dos fãs.
Todos puderam ver com clareza a performance da artista para a música ‘Macunaíma’, que ela dedicou ao movimento da Tropicália e ao cantor baiano, Gilberto Gil. “Essa música é uma homenagem a Tropicália, mas também é em homenagem a Gil”, anunciou, antes de cantar.
Na plateia, os foliões gritavam em êxtase pela proximidade. A artista plástica Fabiana Moreira, 56 anos, que admira a cantora há mais tempo do que pode contar, como ela mesmo descreve, não sabia se filmava a apresentação, para eternizar o momento, ou se assistia para deleitar os próprios olhos.
“Hoje eu ouvi alguém dizendo que é mais do que Carnaval, é saudade de estar junto. Então, quando ela aparece quase a um braço à minha frente, não tem como não se arrepiar. O que ela canta é trilha sonora de muita gente, principalmente da minha vida”, contou Fabiana.
Como o clássico indispensável que é, ‘O canto da cidade’, que está fazendo 30 anos neste Carnaval, é uma delas e não ficou de fora do repertório. Essa foi a que João Vinicius, 20 anos, mais esperava. Ele sonha em ser cantor e vê Daniela como uma inspiração: “Ela não canta apenas a música, ela pensa na apresentação inteira e faz muito bem feito”, elogiou.
Como fez em seu primeiro dia de pipoca no Campo Grande, a cantora usou uma roupa costurada com a ajuda de pessoas trans e vítimas de tráfico humano. O projeto se chama Faces e Sustentabilidade e é da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Brasil, em parceria com o Ministério Público do Trabalho.
Visual de Daniela em seu 2º dia de pipoca no Carnaval de Salvador (Foto: Divulgação/ Twitter) |
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