InícioNotíciasPolíticaEm dia de assembleia com opositores, Josué recebe Alckmin na Fiesp

Em dia de assembleia com opositores, Josué recebe Alckmin na Fiesp

A semana promete começar movimentada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nesta segunda-feira (16/1), o presidente da entidade, Josué Gomes da Silva, receberá o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, para uma reunião, às 11 horas. O encontro será seguido por um almoço.

A reunião com Alckmin contará ainda com a presença da diretoria da Fiesp, membros de conselhos superiores e diretores de departamentos da federação. Oficialmente, o tema do encontro será a perspectiva para o setor industrial sob o novo governo.

A reunião entre o presidente da Fiesp e o ministro da Indústria foi marcada no mesmo dia em que ocorrerá uma assembleia extraordinária com sindicatos patronais que fazem oposição a Josué e querem destituí-lo do cargo.

A realização da assembleia se tornou uma verdadeira batalha interna na Fiesp. A ideia inicial dos representantes de 86 dos 106 sindicatos com poder de voto na federação era a de convocar uma assembleia para o dia 12 de dezembro, mas não houve tempo hábil para viabilizar o encontro.

Oposição quer impeachment de JosuéA crise política na Fiesp teve início em outubro do ano passado, quando membros de sindicatos (eram 78, na época) apresentaram um pedido de convocação de assembleia para tentar destituir Josué do cargo. Em reunião da diretoria no início de novembro, o presidente da Fiesp rechaçou a ofensiva, alegando que não havia elementos que justificassem a reunião.

O documento apresentado pelos sindicatos pedindo a assembleia enumerava 12 itens com justificativas para a convocação da assembleia. Entre os motivos apresentados, estavam contestações sobre nomeações de assessores de Josué, além de críticas pela divulgação da carta “em defesa da democracia” durante a campanha eleitoral.

As declarações de Josué durante a campanha eleitoral de 2022, simpáticas à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, desagradaram a Paulo Skaf, ex-presidente da entidade (de 2004 a 2021) e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A decisão da Fiesp de divulgar uma carta “em defesa da democracia”, em agosto, foi considerada um erro por atrelar a instituição à candidatura do petista. O documento teve apoio de apenas 14% dos sindicatos industriais.

Caso Josué Gomes seja destituído do cargo, o estatuto da Fiesp determina que assuma o primeiro vice-presidente. Atualmente, esse posto é ocupado por Rafael Cervone, que também preside o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

Josué era o “plano A” para ministérioA proximidade com Lula fez com que Josué Gomes da Silva se tornasse o nome da preferência do presidente da República para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em meados de dezembro, o presidente da Fiesp foi a Brasília e recebeu o convite formal de Lula para comandar a pasta. Em um primeiro momento, Josué não deu uma resposta ao petista e pediu um tempo para pensar. Dois dias depois, o empresário recusou o convite e decidiu viajar com a família para o exterior, onde passou a virada de ano.

Até receber o convite formal do presidente, Josué dizia a interlocutores e familiares que não pretendia assumir um cargo no governo federal e desejava permanecer à frente da Fiesp. Depois da conversa com Lula em Brasília, o empresário cogitou aceitar o desafio, mas acabou optando, ao fim e ao cabo, por permanecer na Fiesp.

A eventual ida de Josué Gomes para o ministério de Lula era considerada uma espécie de “saída honrosa” do comando da Fiesp, em meio a uma grave crise política na federação.

Empresário da Coteminas, Josué é filho de José Alencar (1931-2011), vice-presidente da República entre 2003 e 2010, nos dois governos de Lula.

Ele foi eleito presidente da Fiesp em julho do ano passado e assumiu o cargo em janeiro de 2022.

A candidatura de Josué ao comando da Fiesp teve o apoio de Skaf. Seu mandato à frente da entidade termina em 31 de dezembro de 2025.

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