InícioEditorialPolítica NacionalFim da reeleição é retrocesso para a democracia, diz Gleisi

Fim da reeleição é retrocesso para a democracia, diz Gleisi

Deputada afirmou que poderes do Executivo são usurpados pelo Legislativo, que usa execução do orçamento para beneficiar conservadores

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann disse que fim da reeleição desconsidera interesses nacionais Sérgio Lima/Poder360 – 09.Dez.2023

PODER360 17.dez.2023 (domingo) – 23h01

A deputada federal e presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse neste domingo (17.dez.2023), em seu perfil no X (ex Twitter), que acabar com a reeleição presidencial é um “retrocesso para a democracia”. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que pretende debater o tema na Casa Alta.

Mesmo que seja para valer só a partir de 2030, a proposta para acabar com a reeleição de presidentes é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população. Qdo os tucanos criaram a regra da reeleição, em benefício próprio, as tais elites…

— Gleisi Hoffmann (@gleisi) December 17, 2023

Gleisi disse que a lei, promulgada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, foi criada para beneficiar “tucanos” e foi apoiada pelas elites. Em 2020, FHC disse se arrepender da proposta e que ela teria sido um erro. 

“Se 4 anos são insuficientes e 6 parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no 4º ano o eleitorado dê 1 voto de tipo ‘plebiscitário’, seria preferível termos um mandato de 5 anos e ponto final”, escreveu em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo.

Para Hoffmann, a reeleição teria se tornado um problema depois que candidatos petistas foram reeleitos. “Quando os tucanos criaram a regra da reeleição, em benefício próprio, as tais elites apoiaram e aplaudiram. Quando presidentes do PT foram reeleitos, aí a reeleição virou problema”.

“Os poderes da presidência vêm sendo reduzidos e até usurpados pelo Congresso, especialmente na execução do Orçamento, que favorece a reeleição da maioria conservadora, em detrimento dos interesses do país”, disse a deputada.

Em outubro, Rodrigo Pacheco disse que levaria ao plenário a limitação para uma 2ª eleição consecutiva, ao mesmo tempo que a proposta estende um único mandato para 5 anos de duração. Na visão do chefe do Senado, a atual legislação seria prejudicial ao Brasil.

“Aquele mandatário que tem a oportunidade de governar, por vezes, deixa de tomar as atitudes que deve tomar, às vezes impopulares, às vezes antipáticas, em função desse critério da reeleição”, afirmou.

Na campanha pelo seu 3º mandato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer que não iria concorrer a uma 2ª reeleição durante o pleito eleitoral de 2022. No entanto, a cúpula do PT divulgou uma resolução defendendo um 4º mandato em 2026.

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