Dez dias após a divulgação de casos de transplantes de órgãos contaminados pelo HIV, que resultaram na infecção de pacientes, o governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou a troca completa da diretoria da Fundação Saúde. A decisão foi comunicada pelo governador Cláudio Castro, após a renúncia dos diretores do órgão. Até o momento, não foi divulgado um nome para assumir a posição de diretor-geral, que era ocupada por João Ricardo da Silva Pilotto. A Fundação Saúde é a responsável pela administração das unidades de saúde no estado. Desde 2021, as contratações emergenciais realizadas pela instituição têm superado as que ocorreram por meio de concorrências públicas.
Em 2023, os contratos firmados sem licitação já ultrapassaram R$ 911 milhões, enquanto as contratações via pregão eletrônico somaram R$ 302 milhões. No ano anterior, a situação foi ainda mais alarmante, com 618 contratos sem licitação, totalizando R$ 1,6 bilhão. Em contraste, apenas 139 contratos foram realizados por meio de concorrências, com um valor total de R$ 372 milhões. Essa discrepância nas contratações levanta preocupações sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos na saúde. A mudança na diretoria da Fundação Saúde ocorre em um momento crítico, onde a confiança na gestão de saúde pública está em jogo.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA