O interventor da segurança pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou, na noite desta quarta-feira (18/1), que junto ao novo comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Klepter Rosa, avalia compensações aos policiais que foram feridos durante os atos antidemocráticos que destruíram a sede dos Três Poderes em 8 de janeiro.
“Vamos instaurar duas comissões para conceder aos 44 policiais feridos a Medalha Cruz de Sangue e avaliar promoções por Ato de Bravura”, escreveu Cappelli nas redes sociais, junto a uma foto em que aparece acompanhado do novo comandante.
Ótima reunião com o coronel Klepter, novo Comandante da Polícia Militar do DF. Todo apoio ao trabalho da corregedoria. Ao mesmo tempo, vamos instaurar duas comissões para conceder aos 44 policiais feridos a Medalha Cruz de Sangue e avaliar promoções por Ato de Bravura. pic.twitter.com/v2J6XIEKmW
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 19, 2023
Investigação x reconhecimentoNa última sexta-feira (13/1), o interventor participou de uma homenagem às forças de segurança pela retomada da normalidade. “Eu vi os corregedores da PMDF tomarem a iniciativa de abrir inquéritos policiais militares para apurar as condutas inadequadas”, disse Cappelli. “Mas eu vi também muitos policiais que estavam no campo defendendo a democracia. Machucados cortados, defendendo a democracia e trabalhando bravamente”, completou.
Na ocasião, o interventor ressaltou que o momento político do Brasil exige equilíbrio. “Eu tenho pleno confiança na Polícia Militar, nos homens e mulheres valorosos da PMDF. São os mesmos homens que garantiram a segurança exemplar no 1º de janeiro, no dia da posse do presidente Lula. A corporação não mudou do dia 1º ao dia 8”, argumentou.
Prisões de envolvidosAté o momento, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já avaliou as audiências de custódia de 574 dos 1.459 detidos por participação nos atos antidemocráticos. Do total, 354 tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva; e os outros 220 conquistaram liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares. Moraes pretende concluir as análises das 1.459 atas de audiências de custódia até a próxima sexta-feira (20/1).
Nas 354 prisões convertidas para preventivas até agora, o ministro apontou evidências de crimes como atos terroristas (inclusive preparatórios), associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.
Como medidas cautelares dos que foram liberados, Moraes determinou:
proibição de ausentar-se da comarca;recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, com uso de tornozeleira eletrônica;proibição de ausentar-se do país;cancelamento de passaportes;suspensão de documentos de porte de arma de fogo;proibição do uso de redes sociais; eproibição de comunicar-se com os demais envolvidos.