O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta uma reunião com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânica, durante a Assembleia Geral das Naçõs Unidas (ONU), que ocorre em Nova York, nesta semana.
O presidente brasileiro desembarcou nos Estados Unidos na noite de sábado (16/9). A Assembleia Geral ocorre na terça-feira (19/9), mas Lula deve permanecer no país até o fim da semana. O governo do Brasil tem tentado marcar uma agenda entre os líderes, mas ainda não recebeu confirmação dos interlocutores de Zelensky.
Como ainda não há acordo para a escolha de uma data para a reunião entre os líderes, o governo brasileiro ainda não confirmou oficialmente o encontro. A equipe de Lula, no entanto, também não negou que as tratativas para a reunião estejam em andamento.
Nos próximos dias, Lula também deve encontrar outras lideranças e representantes de entidades internacionais. É o caso de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (EUA). Na quarta-feira (20/9), os mandatários lançarão uma iniciativa global para promoção do trabalho decente.
Polêmicas entre Lula e Zelensky Apesar de nunca terem se encontrado pessoalmente, Lula e Zelensky já conversaram por telefone. Em agosto, o presidente ucraniano criticou falas do brasileiro sobre a necessidade de negociar uma solução diplomática para a guerra entre Rússia e Ucrânia.
A tentativa de marcar uma reunião em Nova York ocorre em meio às polêmicas envolvendo falas de Lula sobre a possibilidade de o Brasil receber Vladimir Putin, presidente da Rússia, durante a cúpula do G20, em 2024.
Na última semana, Lula afirmou que não prenderia Putin se o russo viesse ao Brasil. Isso porque ele é alvo de mandado de prisão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de deportar crianças da Ucrânia.
Na teoria, a ordem do tribunal obriga as autoridades de todos os países signatários do Tribunal Penal Internacional, como é o caso do Brasil, a entregarem o presidente caso ele compareça ao país deles.
Depois da repercussão da fala, Lula recuou e disse que uma eventual prisão do russo no Brasil “depende da Justiça”. O presidente também alegou que “não sabia da existência” do Tribunal e afirmou que vai “estudar” os motivos pelos quais o Brasil é signatário.