InícioNotíciasPolíticaNa ONU, Lula diz que Conselho de Segurança “tem perdido credibilidade”

Na ONU, Lula diz que Conselho de Segurança “tem perdido credibilidade”

Em discurso na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o Conselho de Segurança do próprio organismo multilateral, ao afirmar que ele “vem perdendo progressivamente a credibilidade”.

“Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime”.

De acordo com o mandatário, a “paralisia [do Conselho de Segurança] é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia”.

Lula abriu os discursos dos chefes de Estado da ONU

Lula abriu os discursos dos chefes de Estado da ONU Sam Pancher/Metrópoles

Lula falou da incapacidade dos países da ONU em resolver o conflito entre Ucrânia e Rússia

Lula falou da incapacidade dos países da ONU em resolver o conflito entre Ucrânia e Rússia Ricardo Stuckert/PR

Lula falou sobre desigualdade em discurso na ONU

Lula falou sobre desigualdade em discurso na ONU Ricardo Stuckert/PR

No pronunciamento desta terça, o petista repetiu o discurso que vem defendendo desde a sua estreia no palco internacional, há 20 anos, de que é necessária uma reforma na governança global. O Conselho de Segurança é a agência da ONU responsável pela manutenção da paz e da segurança internacionais.

O Brasil é membro não permanente do órgão da ONU desde 1º/1/2022. Para encerrar conflitos ou auxiliar na recuperação pós-catástrofes, a instância pode ordenar operações militares internacionais, aplicar sanções e criar missões de paz. O Brasil já foi responsável por uma dessas missões, no Haiti, iniciada em 2004.

O órgão é atualmente composto por 15 membros com direito a voto, os cinco permanentes têm direito a veto. São eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Os demais 10 assentos são distribuídos de acordo com a região.

A defesa de uma reformulação se intensificou depois do início da guerra na Ucrânia, quando o mandatário brasileiro passou a defender a criação de um novo grupo de países para “sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia para encontrar a paz”.

Também nesta terça, o mandatário questionou o papel do organismo multilateral em manter a paz no Leste Europeu.

Segundo Lula, “a guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU. Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz. Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo”, afirmou.

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