Um novo tremor de terra foi registrado na noite de terça-feira (27), na cidades de Amargosa, que fica no recôncavo baiano, segundo informações do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Não houve registro de feridos e nem de casas destruídas.
De acordo com o laboratório, às 22h03, o tremor foi registrado pelas estações sismográficas da rede RSISNE, que faz parte da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e é operada pelo Laboratório Sismológico da UFRN. A magnitude preliminar calculada é de 1.8, a maior registrada desde o dia 30 de setembro.
“A sismicidade na Bahia continua. O Laboratório Sismológico mantém uma rede sismográfica com diversas estações e tem continuamente registrado vários tremores na região. Na noite de ontem, nós tivemos mais um evento com magnitude de 1.8 e, dessa vez, nós acreditamos que a sismicidade já está próxima, nos limites da região de Corta Mão”, disse coordenador do Laboratório de Sismologia da UFRN, Anderson Nascimento.
Segundo o Laboratório Sismológico, os moradores da região informaram que foi possível escutar o estrondo do tremor.
O Laboratório Sismológico informou que segue monitorando e divulgando toda a atividade sísmica da região nordeste em tempo real.
Terremotos na Bahia
O primeiro tremor que chamou atenção da população foi registrado no dia 30 de agosto, em cidades do Vale do Jequiriçá e do Recôncavo Baiano. O fenômeno durou cerca de 20 segundos. Depois, uma nova trepidação, desta vez mais branda, por volta das 8h20.
Segundo cálculos do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o terremoto teve magnitude de 4,6.
Apesar do epicentro ser entre o Recôncavo Baiano e o Vale do Jiquiriçá, o tremor foi sentido em várias regiões do estado, como Salvador e cidades das regiões sul e sudoeste. Depois:
Ainda no dia 30 de agosto, só que à noite, um novo tremor foi sentido em Amargosa. Dessa vez, o terremoto teve magnitude de 2,7.
Na madrugada do dia 31 de agosto, um novo terremoto, com magnitude de 3,5, foi registrado. Os tremores foram sentidos principalmente em Amargosa, Brejões e Elísio Medrado.
Por causa da situação, a barragem Pedra do Cavalo, que fica entre as cidades baianas de Governador Mangabeira e Conceição da Feira, passou por uma inspeção extra, no final de agosto, após os terremotos que aconteceram na região. Conforme a Votorantim Energia, empresa responsável pela administração do equipamento, nenhuma anormalidade foi encontrada.
No dia 1º de setembro, novos tremores foram registrados nas cidades. Nesse mesmo dia, a UFRN divulgou que 17 ocorrências de tremores foram registrados em municípios baianos em menos de uma semana.
No dia 2 de setembro, novos terremotos voltaram a ser sentidos entre Amargosa e São Miguel das Matas. O maior deles teve 1.8 de magnitude.
No dia 3 de setembro, a Defesa Civil do Estado (Sudec), registrou dois tremores em Amargosa.
No dia 12 de outubro, o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou novo tremor de terra nas cidades de Amargosa e São Miguel das Matas, que ficam entre o recôncavo baiano e o Vale do Jiquiriçá.
Moradores de Cachoeira, que também fica no Recôncavo Baiano, também relataram tremores de terra. O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) informou que o fenômeno ocorreu na cidade de São Félix, vizinha a Cachoeira, e teve magnitude de 1,6.
No mês de julho, um terremoto de 3,5 de magnitude foi registrado na região do litoral sul da Bahia. O tremor aconteceu na altura da cidade de Ilhéus e também foi registrado por sismólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que fazem o monitoramento.
Fonte | G1 Bahia