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Pacheco vê ofensa ao Estado brasileiro

Brasília – O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez pronunciamento oficial na abertura da sessão plenária do Senado de ontem sobre o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira. O parlamentar lamentou e afirmou que para além do sentimento de “tristeza e perplexidade” pelo caso, a possível morte do jornalista e do ex-funcionário da Funai se configura como ataque ao Estado brasileiro. “Tudo isso, para além do sentimento humano, da vida que se perde em um atentado dessa natureza, há uma ofensa ao Estado brasileiro. Uma ofensa gravíssima às instituições. Nós, do Senado Federal, não podemos tolerar essa atrocidade”, disse.
Pacheco afirmou ainda que diversas reportagens na imprensa evidenciam que o Vale do Javari está tomado por garimpeiros e madeireiros ilegais e também narcotraficantes. “O que se identifica nessas reportagens é um Estado paralelo comandado por crime organizado, de tráfico de drogras transnacional, tráfico de armas, desmatamento ilegal, que é nosso maior problema de meio ambiente no país e de imagem do Brasil lá fora, com o garimpo ilegal que move, inclusive, pequenas organizações que se valem daquelas riquezas e atentados aos povos da floresta, os povos indígenas”, disse o senador.
Outros parlamentares também comentaram o desaparecimento. Líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN) usou seu perfil no Twitter para afirmar: “O alinhamento das nossas instituições com o discurso de Bolsonaro deixou de lado o papel delas como garantidoras da lei e da ordem. Indígenas e ribeirinhos sobrevivem à margem da proteção do Estado brasileiro e sob constantes ameaças”, afirmou.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos, o senador Humberto Costa (PT-PE), que está em Sergipe para acompanhar as investigações sobre o caso Genivaldo [assassinado por policiais rodoviários em uma viatura], disse que nesta semana haverá audiência pública para tratar especificamente do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips. “Nesse caso concreto, parece que há uma organização que se articula no tráfico de drogas e em outras atividades criminosas. Então, é mais grave ainda. Ao mesmo tempo, há um ataque frontal e brutal à liberdade de imprensa e à defesa da integridade territorial e da integridade física e psicológica dos povos indígenas e das pessoas que lhes dão suporte”, afirmou Costa.
 
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