Você está feliz com seu relacionamento? A resposta depende, claro, do interlocutor. Mas, fatores como faixa etária, localidade, classe econômica e social, etnias e tantas outras variantes da vida em sociedade impactam a capacidade e a percepção das pessoas ao se relacionarem com outras.
De acordo com o estudo Love Life Satisfaction, do Ipsos, os brasileiros ocupam a 20ª colocação no quesito satisfação com a vida sexual e amorosa — entre 31 participantes —, com 60% de pessoas afirmando estarem satisfeitas.
No tópico “satisfação com meu parceiro ou cônjuge”, 78% dos brasileiros que foram entrevistados disseram estar felizes em seus relacionamentos. Apesar de o número ser alto, o país fica entre as quatro nações, das 31, que pior avaliam sua satisfação com o relacionamento atual.
Essa ideia de realização e prazer em uma relação também está ligada à sensação de ser amado, com 68% dos brasileiros afirmando que se sentem amados, o que reforça a importância de expressar carinho e valorização no dia a dia, aponta a psicóloga Larissa Fonseca.
Origem dos conflitos De acordo com a profissional, “a maior parte dos conflitos envolve dependência emocional, onde as relações se tornam desequilibradas”.
“O maior conflito está na dedução de que o outro deve “ler a minha mente” ou “ser a maior fonte de todo meu afeto”. A conexão emocional e o apoio mútuo são fundamentais para criar um ambiente de confiança e segurança, elementos essenciais para a satisfação no relacionamento”, explica Larissa.
Além disso, a psicóloga ressalta que passar tempo de qualidade juntos e manter uma rotina que permita momentos de intimidade e diversão contribui significativamente para a satisfação conjugal.
Sexo e qualidade do relacionamento Larissa acrescenta que o sexo interfere diretamente na felicidade do relacionamento, pois é uma forma de expressão íntima e conexão emocional entre os parceiros. “Um relacionamento sexual saudável fortalece os laços emocionais, aumenta a sensação de proximidade e contribui para a confiança mútua. Quando os parceiros se sentem sexualmente satisfeitos, a sensação de ser amado, tende a ser maior além de outros benefícios para a saúde física e mental”.
E isso não é à toa, a especialista coloca que, durante o sexo, o corpo libera neurotransmissores como a oxitocina e a dopamina, que promovem sentimentos de prazer, felicidade e vínculo emocional.
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O sexo é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
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Uma vida sexual ativa e saudável tem impacto direto no bem-estar
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O prazer e o orgasmo liberam hormônios responsáveis pela diminuição do estresse e pela melhora do sono
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É possível manter a sexualidade ativa e saudável até a terceira idade
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No sexo, tudo é liberado desde que com total consentimento de todos os envolvidos e segurança
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“A excitação sexual promove redução do cortisol. Esses neurotransmissores ajudam a reduzir o estresse e aumentam a sensação de bem-estar, criando um ambiente de confiança e segurança emocional. Quando os parceiros se sentem sexualmente satisfeitos, há maior probabilidade de que se sintam valorizados e com melhor autoestima”, expõe Larissa.
Relacionamentos de sucesso A psicóloga entende que a confiança mútua é um dos pilares fundamentais para uma relação de sucesso. “Demonstrar afeto e gratidão regularmente fortalece o vínculo emocional e aumenta a possibilidade de uma relação dar certo. Passar tempo de qualidade juntos, compartilhando atividades e interesses comuns, ajuda a construir uma conexão mais profunda.”
Além disso, o respeito mútuo e a capacidade de manter a individualidade são importantes para cada parte ter outras fontes de alegria e realizações.
O amor Millennial Ainda de acordo com os dados do estudo, no ranking global, os Millennials lideram com 67% de satisfação declarada, contrastando com as Gerações Z e Boomers, que registram 59% de satisfação. Entre eles, está a Geração X, que soma 61% de menções a satisfação
No entanto, os Boomers se destacam entre os indivíduos que mais se sentem amados, com 77%. Millennials e Boomers também se destacam entre respondentes casados e em relacionamentos que estão felizes com suas relações, com 84%, ambos.
Onde encontrar o amor? A pesquisa também aponta que, olhando para os países, Índia (76%), México (76%) e China (76%), estão no topo do ranking de satisfação com a vida amorosa e sexual. Enquanto isso, na outra ponta, Japão (37%) e Coreia do Sul (45%) são os que citam menor satisfação.
Já os tailandeses comprometidos foram identificados como aqueles com maiores probabilidades de se sentirem satisfeitos com seus relacionamentos, com incríveis 94% dos homens e 91% das mulheres com essa percepção. Por fim, a satisfação em relação ao sentir-se amado é mais elevada na Colômbia e no Peru, com 86% ambos.
Metodologia O levantamento foi realizado entre 22 de dezembro de 2023 e 5 de janeiro de 2024 e envolveu 24.269 adultos – sendo com 18 anos ou mais na Índia; de 18 a 74 anos no Canadá, República da Irlanda, Malásia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos; de 20 a 74 anos na Tailândia; de 21 a 74 anos na Indonésia e Cingapura; e de 16 a 74 anos em todos os outros países.