Nesta segunda-feira (02), a situação na Síria se intensificou com o aumento do apoio da Rússia e do Irã ao governo de Bashar al-Assad, especialmente após a tomada do controle de Aleppo por rebeldes. A comunidade internacional ficou surpresa com a retomada dos combates, que reacendeu a guerra civil no país. Na última segunda-feira (25), bombardeios realizados por aviões russos e sírios em Idlib resultaram na morte de pelo menos 25 pessoas, conforme relatado pelo grupo de resgate Capacetes Brancos. O Exército sírio anunciou que havia recuperado o controle de vilarejos estratégicos nas proximidades de Hamã, um movimento considerado crucial para a defesa de Damasco.
Além disso, milícias apoiadas pelo Irã começaram a atravessar a fronteira do Iraque para oferecer suporte a Assad. Embora o Irã não tenha confirmado o envio de tropas, seu chanceler esteve em Ancara para discutir a crise, indicando um envolvimento diplomático ativo. Historicamente, o Irã e a Turquia têm se posicionado em lados opostos no conflito sírio, mas nos últimos anos, houve uma aproximação tática entre os dois países, algo que ganhou notoriedade por compartilharem da oposição a Israel na guerra em Gaza e no Líbano.
Enquanto isso, Israel que realizou ataques a posições sírias com o objetivo de interromper o fornecimento de armas do Irã ao Hezbollah, afirma que apenas acompanha a situação no país. A diplomacia ocidental, que está concentrada em outras crises, fez apelos por uma redução das tensões, mas não implementou ações concretas até o momento. Recentemente, houve uma mudança significativa na liderança militar russa na Síria, com a destituição do comandante das forças russas, que enfrentou críticas devido a falhas em operações anteriores. Segundo especialistas, essa reestruturação pode indicar uma tentativa de melhorar a eficácia das ações militares na região.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira