InícioLazer, vida e culturaSaúdeVendedor agredido por filho do Maguila: “Parece que cometi um crime”

Vendedor agredido por filho do Maguila: “Parece que cometi um crime”

São Paulo — “É hostil. Porque olha como eu estou configurado aqui. Parecendo que eu sou um estuprador, um marginal, que eu cometi algum crime grave”, afirmou o vendedor ambulante Osvaldo de Souza, de 41 anos, após ser agredido por Adenilson Lima, filho do ex-pugilista Maguila, em frente ao Espaço Unimed, na zona oeste de São Paulo. O caso aconteceu na noite dessa quarta-feira (6/11).

Segundo o vendedor, Adenilson trabalha como segurança no local e impede qualquer aproximação de ambulantes. “A função deles [seguranças] é reprimir os ambulantes. Eles são terríveis”, afirmou Osvaldo, que compareceu à delegacia na tarde desta quinta-feira (7) para prestar depoimento sobre a agressão.

Outro vendedor entrevistado pela reportagem relatou que deixou de trabalhar na região após o Espaço Unimed ter “contratado milícias para trabalhar em volta da casa”. De acordo com o homem, a ordem dos seguranças é “não deixar nenhum ambulante perto da casa, e quem chegar perto, apanha”.

Agressão

Segundo Osvaldo, a agressão aconteceu quando um homem que lidera um grupo de seguranças informais da casa de shows, conhecido como “Carioca”, o advertiu com “truculência”, mandando tirar o carrinho de bebidas do local.

“Ele chegou com toda truculência, mandando eu tirar o carrinho de lá, falando que eu era folgado. Começou a gritar comigo e disse: ‘Abre a boca para ver se eu não te arrebento’”.

O vendedor alega que pediu desculpas ao segurança, mas que, logo em seguida, Adenilson apareceu e começou a agredi-lo, com golpes na cabeça, usando soco inglês e pedras.

“Seguranças da casa”

Osvaldo afirma que Carioca e Adenilson trabalham para o Espaço Unimed. “Eles são seguranças da casa. A casa [Unimed] falou que não, mas trabalham, sim. Foi a mando da casa”, afirmou Osvaldo.

Procurada, a assessoria do Espaço Unimed afirma que o incidente ocorreu na frente da casa e os profissionais envolvidos não trabalham no local. O Espaço disse, ainda, que “reprova veementemente qualquer forma de violência”. O Metrópoles tenta contato com Adenilson Lima dos Santos, sem sucesso. O espaço segue aberto.

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