InícioEditorialVítimas estavam dormindo quando o vazamento começou no Ogunjá

Vítimas estavam dormindo quando o vazamento começou no Ogunjá

O técnico de informática Paulo Vitor Santos, 34 anos, despertou às 4h com o barulho intenso de água correndo. Ele levantou, chegou até a porta de casa e pensou que fosse uma faxina no imóvel vizinho, e voltou para cama. Menos de 2h depois ele e o filho de 13 anos tiveram que sair às pressas com medo de serem soterrados por uma encosta que cedeu. A lama invadiu o imóvel e fez um estrago. Três casas foram atingidas. O problema foi provocado pelo rompimento de uma tubulação da Embasa. Os primeiros moradores da Travessa São Francisco de Assis, no Vale do Ogunjá, acordaram por volta das 4h assustados com o barulho da água, nesta sexta-feira (23). As casas ficam na base de um barranco, e a parte de cima do morro é circundada pelo muro de um condomínio. “Quando levantei, às 4h, vi a água descendo pelo beco, mas pensei que fosse por conta de alguma limpeza, porque a vizinha acorda cedo para limpar a casa dela, então voltei para a cama. Por volta de 5h30 ouvi as vozes dos vizinhos e saí para ver o que estava acontecendo. Já estava todo mundo preocupado com a quantidade de água que estava descendo. Chamamos a Embasa, e quando foi umas 6h o barranco cedeu”, contou. Segundo os relatos dos moradores, a água descia feito cachoeira e não estava chovendo no momento do acidente. Paulo Vitor só teve tempo de acordar o filho para saírem correndo pela porta dos fundos, enquanto a lama invadia pela porta da frente e destruia sofá, mesa, estante e outros móveis da casa. No momento do acidente, a comerciária Luciana Souza, 49 anos, vizinha de Paulo Vitor, estava na laje. “A saída da minha casa ficou bloqueada pelo barro, precisei pular o muro para a laje da vizinha. Há muito tempo a gente vem pedindo para construírem uma encosta, porque temos medo do barro ceder. É a segunda vez que isso acontece. Há uns 12 anos cedeu por conta da chuva. Dessa vez, foi por causa de um vazamento. Foi um susto muito grande, ainda estou nervosa”, contou. Luciana e o filho de 12 anos escaparam ilesos. Em nota, a Embasa informou que ocorreu um vazamento em linha de distribuição de médio porte, no Vale do Ogunjá, e que uma equipe da área social da empresa foi enviada para atender os moradores que tiveram os imóveis atingidos pelo vazamento. “A Embasa informa que o serviço de correção do vazamento ocorrido na manhã de hoje (23), no Vale do Ogunjá, já foi concluído. A limpeza das casas afetadas está sendo executada e a equipe da área social está atendendo os moradores desses imóveis para fazer o ressarcimento dos danos verificados”, diz a nota. A casa de Paulo Vitor foi a mais prejudicada. Ele perdeu o celular recém comprado e a família perdeu as fraudas da bebê de 3 meses. “Minha filha nasceu com cardiopatia e está internada na Maternidade José Maria de Magalhães Neto, minha esposa está com ela, por isso, não estavam em casa no momento do acidente”, contou, enquanto caminhava na sala com a lama na altura da canela. Equipes da Defesa Civil de Salvador (Codesal) também estiveram no local e realizaram uma vistoria nos imóveis. Segundo o engenheiro José Carlos Palma, o deslizamento não afetou a estrutura das casas. “Não existe risco nenhum porque trata-se de uma cortina atirantada, não corre o risco de romper. Já foi estancada a água e a cortina está intacta, não houve vítimas e a situação está, aparentemente, sob controle”, disse. A Limpurb foi acionada para colocação de lona e limpeza da área.

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