InícioNotíciasPolicialBebê sequestrado em Caravelas seria sacrificado, confirma polícia

Bebê sequestrado em Caravelas seria sacrificado, confirma polícia

Nesta quinta-feira (02) de fevereiro, a Polícia Civil de Caravelas, concluiu as investigações em relação ao sequestro e cárcere privado do recém-nascido H.G.C, ocorrido no dia 14/01/2023, na cidade de Caravelas, praticado pelos nacionais AILTON FERREIRA DOS SANTOS, LEILA DE MENEZES DIAS, MICHELLE DA SILVA E STHEFANY DE JESUS SILVA.

Os autos do Inquérito Policial comprovam que houve previamente combinação entre as pessoas de Ailton, Leila, Michele e Sthefany, com objetivo de seqüestrarem uma ou duas crianças, sendo uma de cada sexo para um ritual com objetivo de curar um câncer que “Mãe Michele” é acometida, para tanto, Sthefany ficou encarregada de pesquisar em residências onde poderia encontrar uma criança recém-nascida para praticar o seqüestro, a mesma tirou fotografias de crianças suas conhecidas, enviou para Ailton e “Mãe Michele”, que não aprovaram por segundo eles estarem fora do tamanho padrão para a finalidade que se destinava, ou seja, sacrifício para salvar a vida de “Mãe Michele”.

Que não encontrando a vítima com facilidade, a filha de santo de “Mãe Michele” chamada Leila, prontificou-se a vir a cidade de Caravelas com objetivo de descobrir uma recém-nascida e juntamente com Sthefany praticar o seqüestro, enquanto isso, “Mãe Michele” e Ailton aguardariam hospedados em um hotel, localizado em Barra de Caravelas.

Que Leila foi até a casa de uma pessoa sua conhecida, onde confirmou que tinha nascido uma criança a poucos dias e que era a criança ideal para o seqüestro, cuja finalidade era o sacrifício em prol da doença de “Mãe Michele”. Para tanto, Leila no dia anterior ao seqüestro foi até a casa da avó da criança, sua conhecida e lá deixou uma mochila com objetivo de Sthefany usar na hora do seqüestro. Como naquele dia não foi possível, ficaram de voltar no dia seguinte, Leila buscou distrair os ocupantes da casa chamando-os para conversar na parte dos fundos, permitindo com isso a entrada de Sthefany para seqüestrar a criança colocando-a dentro da mochila e sair do local sem chamar a atenção. Realmente foi feito desta forma, só que a avó da criança ao perceber que a criança não estava na cama na sala, observou também que a mochila anteriormente deixada por Leila não mais estava ali, fazendo com que desconfiasse da Sthefany amiga de Leila, segundo a mesma sua prima. Que denunciou o fato a Polícia e juntamente com parentes foram em busca do local onde Sthefany teria ido. Que Leila fingia não saber de nada, inclusive disse que não bolsa tinha a importância de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) que era dela e que estava na mochila e se destinava ao pagamento de diárias de pessoas que tinham trabalhado com ela. Ao telefone Leila dizia esta falando com Sthefany e que a mesma negava ter feito qualquer coisa e não sabia de nada. A declarante e seu irmão falaram pra Leila que iriam até a Polícia, sendo que quando saíram da residência, logo em seguida recebeu uma ligação de Leila, que disse que tinha localizado Sthefany e que sabia que a criança estava com ela, inclusive se disponibilizando levar a declarante e seu irmão até Barra de Caravelas onde Sthefany estava, para fazer a devolução da criança. Que durante todo tempo Leila demonstrava tranqüilidade e que tinha conhecimento de todo o fato, permaneceu serena quando encontraram com Sthefany que fez a devolução da criança. Leila não esboçou qualquer reação de reclamação ao ato que Sthefany tinha praticado, demonstrando claramente saber de tudo, inclusive não justificou porque deixou a mochila no dia anterior, mochila essa utilizada para esconder a criança no momento do seqüestro.

Sthefany relata em suas declarações que sofria pressão e ameaças, bem como, seus familiares, da parte de “Mãe Michele” e Ailton para que praticasse o seqüestro com urgência, inclusive quando estava em Guaratinga chegou a tirar foto de diversas crianças, encaminhou para “Mãe Michele” e Ailton, que não aceitaram as referidas crianças para o ritual pois já estavam bem crescidas e o ritual prever criança recém-nascida.

Comprovou-se nos autos que Michelle da Silva, vulgo “Mãe Michelle”, fazendo uso da seita a qual comandava, passou a exigir e ameaçar Sthefany, e o próprio Ailton para que providenciasse crianças que seriam sacrificadas com o objetivo de curar a doença que a mesma tinha (câncer), através de um ato denominado Troca de cabeças ou Ebó (consiste em fazer um grande Ebó na intenção de qualquer um da seita, de preferência um filho de santo ou quem tenha cargos menores, oferecendo aquela pessoa em troca da outra que se encontra doente, muito doente mesmo, quase morrendo, para que a pessoa que está doente se recupere e se vá à pessoa que foi indicada e oferecida pelo inimigo pelo Babalorixá).

Após conclusão o Inquérito Policial foi remetido a Justiça, com a representação das Prisões Preventivas dos acusados, tendo o Ministério Público se manifestado favorável quanto a representação do pedido de prisões preventivas, sendo portando apreciado pela Magistrada e decretada as prisões preventivas de todos os acusados.

Ainda encontra-se em andamento o Inquérito Policial 05661/2023, objeto de investigação sobre o desaparecimento de dois fetos que a acusada Michelle da Silva.

A acusada LEILA DE MENEZES DIAS, encontra-se foragida.

Fonte: DPC Marco Antônio de Oliveira Neves

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