A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) utilizou as redes sociais para elogiar a atuação da agora ex-ministra do Esporte Ana Moser à frente da pasta e criticar a troca na pasta. Na noite da quarta-feira, 6, o governo Lula oficializou a escolha do deputado federal André Fufuca (PP-MA) como substituto da ex-jogadora de vôlei, em um movimento que visa ampliar a base governista no Congresso Nacional, em especial na Câmara dos Deputados, onde o PP tem 49 parlamentares. No comunicado oficial sobre as trocas na Esplanada dos Ministérios, o Palácio do Planalto não menciona o nome de Moser. “Surpreendentemente, Ana Moser é dispensada de forma vergonhosa, sem receber ao menos um ‘obrigado’ do homem que governa o Brasil”, escreveu a senadora do Republicanos em uma publicação feita em seu perfil no Instagram.
No post, Damares diz que Ana Moser a surpreendeu e “demonstrou estar aberta a ouvir pessoas da oposição e deixou claro que conduziria a pasta pensando apenas no esporte”. “Tive a oportunidade de participar de uma audiência pública no Senado onde Ana Moser apresentou o planejamento estratégico do Ministério para os quatro anos e mostrou tudo que faria na área do esporte. Ela e sua equipe pareciam ter grandes planos para todos os Estados. Na referida audiência, ela foi muito simpática comigo. Ouviu minhas sugestões sobre ações de proteção da infância e da mulher por meio do esporte. Eu ainda a desafiei a investir nos jogos e olimpíada indígenas”, relata a ex-ministra do governo Bolsonaro. “Durante esses meses, fiquei acompanhando todo o esforço da ex-ministra em executar as políticas públicas de sua pasta e sei que ela tentou”, acrescenta. “Sem hipocrisia ou qualquer ironia, movida por muita sinceridade em meu coração, preciso dizer obrigada a Ana Moser por ter se esforçado em universalizar o esporte. Reconheço ainda que ela sai do Ministério do mesmo tamanho que entrou – uma gigante no esporte”, segue a senadora.
Como a Jovem Pan mostrou, Ana Moser alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao se despedir do Ministério do Esporte. Em nota divulgada minutos após a oficialização da demissão, a ex-atleta disse ter tido “pouco tempo para mudar a realidade do Esporte no Brasil”. Segundo a assessoria da pasta, na conversa com Lula que selou a sua saída do governo, a agora ex-ministra “lamentou que as promessas de campanha, de um esporte para toda a nação, tenham tido tão pouco tempo para que se desenvolvessem na retomada da gestão do Ministério do Esporte voltada para a implementação de uma política que efetivasse o direito social à prática esportiva”. “Esta gestão vê com tristeza e consternação a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no Governo Federal, mas entende que esse caminho apenas começou a ser trilhado”, diz outro trecho do texto.
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