“Nós fomos na casa dessa moça. E encontramos inclusive alguns dos remédios, um deles na geladeira, que o remédio tinha mesmo de ser mantido sobre refrigeração, e alguns guardados lá pela casa. Tornou-se inequívoca a participação”, completou o delegado.
Imagens exclusivas exibidas pela TV Globo mostram Gabriela e o marido, Michael Carvalho, num escritório de despacho de mercadoria de uma companhia aérea. O casal carregava medicamentos que José Carlos tinha retirado do depósito do posto de distribuição. Na embalagem dos remédios, a indicação: “proibida a venda”.
José Carlos; a mulher dele, Maria do Socorro; e Gabriela Carvalho acabaram presos. Michael não foi encontrado pela polícia. No depoimento, Maria do Socorro, que dizia trabalhar fazendo faxinas, confessou a participação no crime.
As investigações apontaram que Michael controlava a venda dos medicamentos furtados. O Fantástico teve acesso à troca de mensagens dele mandando pedidos para Maria do Socorro. Ela repassava para José Carlos.
Com o dinheiro, os dois casais mudaram o padrão de vida. José Carlos e Maria do Socorro gostavam de postar nas redes sociais as viagens. “O Michael, acreditamos que seja o cabeça do esquema, que foi ele que possibilitou a criação do mercado ilegal”, detalhou o delegado.
No celular Maria do Socorro, foram encontrados comprovantes de depósito feitos na conta da Saúde e Vida e na conta da própria Julianna.
“Existe um liame entre todos, que liga todos. Seja por troca mensagem por celular, seja por transação financeira”, destacou o delegado.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo suspendeu o pagamento de José Carlos e abriu processo para repor o estoque de medicamentos. Além disso, o departamento regional de Campinas, onde ficavam os remédios, mudou os protocolos de segurança e acesso.